O Sporting venceu o Benfica por 1-0, na 16.ª ronda da I Liga de Futebol, e dilata para nove pontos a vantagem sobre os encarnados na frente do campeonato.
Um jogo com tanta história e sem as bancadas pintalgadas de público. Tristeza nas cadeiras vazias, verde e vermelho no relvado.
Benfica não perdia em Alvalade há nove anos, o Sporting há um ano que não sabia o que era perder na liga, precisamente no duelo frente as águias. O líder contra o terceiro classificado.
Deus no banco, Jesus em comunicação. Amorim do lado do Sporting. Matheus Nunes era aposta para o lugar de João Palhinha, que aparecia no banco. Tiago Tomás era titular no ataque. No Benfica, sistema de três centrais, com Vertonghen, Otamendi e Jardel. Vlachodimos regressava à baliza. Pretendia assim o Benfica encaixar no 3-4-3 leonino. E o que é facto é que as duas equipas anularam-se praticamente no primeiro tempo, embora com ascendente do Sporting.
Nuno Mendes foi o primeiro a criar frisson na área, com um cruzamento para a área, os jogadores acabaram por se atrapalhar, com Vlachodimos a resolver. Pizzi respondeu com um remate rasteiro.
O Benfica desde cedo teve que lidar com contrariedade. Jardel saiu lesionado e entrou Gabriel para a posição de médio defensivo e Weigl teve que baixar no terreno.
A tentar espreitar o ataque, o Benfica também ensaiou a primeira tentativa ao minuto 19´, num remate rasteiro. Mas era o leão que tinha a batuta. O golo espreitou para os donos da casa, com Tiago Tomás a isolar-se, mas Vlachodimos defendeu, com o lance a ser anulado por fora de jogo.
Com maior caudal de jogo, o leão no entanto não conseguia traduzir da melhor forma o domínio nas quatro linhas. Aos 30´, Padro Gonçalves chamou para si o esférico, ensaiou diagonal e atirou por cima. Aos 36´, de novo o Sporting. Remate de Porro na ressaca, que quase traiu Vlachodimos.
Os verdes e brancos voltaram a tentar, na melhor oportunidade da primeira parte. Neto ao segundo poste cabeceou sem oposição ao lado da baliza.
Só deu Sporting nos primeiros 45 minutos, com os donos da casa no ataque e com os encarnados com estrutura claramente montada para manter a baliza inviolada.
A segunda parte prometia golos. Há 33 anos que não se via um 0-0 em dérbis e o Sporting tinha marcado em todas as jornadas até ao momento no campeonato.
O Benfica entrou mais acutilante na segunda-feira, e o jogo abriu para melhor. Num jogo de parada e resposta, mas com o leão mais perto da baliza. Mais balanceado, mas sem poder de fogo. Na primeira parte, não houve um único remate enquadrado com a baliza.
O jogo abriu com um remate de Darwin, a colocar à prova Adán. Mas o líder queria mais, apesar de faltar referência ofensiva.
Amorim lançava Palhinha e Jovane, faltava baliza. O médio esteve perto num remate a rasar a baliza. Ao minuto 75´, foi Vlachodimos a evitar o golo dos leões, impedindo numa estirada aquele que seria um autogolo de Gilberto.
O Sporting foi à procura de ser feliz e o golo acabou por surgir ao minuto 92´. Cruzamento de Porro, Vlachodimos sacode a bola e de cabeça Matheus Nunes fez o golo.
A vitória estava conseguida. O Benfica tentou sair com o empate de Alvalade e foi punido com a derrota e está agora a nove pontos da liderança. Ironia das ironias, Matheus Nunes, que entrou para o lugar de Palhinha, foi ele quem resolveu o jogo.
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