Martín Anselmi, treinador do FC Porto, fez este domingo o lançamento da partida dos dragões em Vila do Conde diante do Rio Ave, marcada para esta segunda-feira, relativa à 20ª jornada da Primeira Liga.
Rio Ave: "É um adversário que apenas sofreu uma derrota em casa. Vai ser o nosso primeiro jogo no campeonato, mas já sabemos que é um campo difícil e que tem algumas situações climáticas que podem afetar o jogo. É um Rio Ave forte, que joga bem por dentro e ataca a profundidade. Temos de ter cuidado e competir. O que passou, passou. Agora é pensar no Rio Ave. É o mais importante"
Liga ou Europa, o que é mais importante?: "Estamos no FC Porto, portanto tudo é importante. O FC Porto tem de competir em qualquer competição. Foi boa a estreia na Europa, mas o mais importante é o Rio Ave e depois no jogo a seguir. Assim sucessivamente. É determinante ter o foco no presente. Tudo o resto é ruído. O futuro não controlamos. Estamos a preocupar-nos com isso, mas o que é importante é o presente"
Jogo no último dia de mercado: "É assim, vamos competir com o mercado aberto, que fecha um pouco depois do jogo. De qualquer forma, os jogadores e todos os que estamos num clube como este temos de ser profissionais. Ter a mente no presente, há que render no clube e depois logo se vê o futuro"
William Gomes: "Fisicamente e desportivamente, está apto para jogar. Ainda vamos ver se estará inscrito para a estreia. Ainda não está, mas imagino que esteja nas próximas horas"
Clássico na sexta: "Temos de pensar no Rio Ave e não no outro jogo porque isso ia afetar a nossa preparação para amanhã. Há pouco tempo para treinar, temos que implantar as nossas ideias aos poucos, à medida que vão passando os jogos e ir corrigindo com vídeos e conversas individuais para que cada um possa dar o seu melhor na sua função. Competir é estar focado no jogo, ver o que o jogo pede e dar o máximo. Temos de competir a ganhar, a empatar e perder até ao final"
Eustáquio a líbero e Tomas Pérez: "A posição de líbero não a imaginamos apenas do ponto de vista defensivo, o jogo é ofensivo e defensivo. É uma função para defender e para atacar. Há muitas ações do jogo em que esse 'meio central' faz de médio centro, por isso é preciso entrar a sair dessa função conforme o que o jogo pede. Vimos no Eustáquio um jogador dinâmico, com qualidades para o fazer. O jogo é dinâmico e as posições não são fixas. Tomas Pérez é um jogador que foi visto pelo clube e que também pode fazer essa função"
Prioridades no trabalho com os jogadores: "Obviamente sabemos que ao chegar a um clube a meio da época temos de dar informação aos futebolistas, de forma concisa, para que vão entrando naquilo que pretendemos. Depois mostramos as coisas em vídeo. Não é a minha ideia de jogo, nós propomos algo e o jogador dá feedback. E a partir daí construímos a nossa ideia de jogo. Não gosto de limitar o futebolista, dar-lhe ordens. O jogador tem de acreditar naquilo que tem de fazer"
Pontos perdidos e margem de erro: "Na Europa acontece o mesmo... Não gosto de estatísticas, de onde se vem, para onde se vai ou de onde vemos. Gastar energia... A situação é esta, há que continuar a competir. Não vamos perder tempo a pensar que se não ganharmos, vamos ficar a nove pontos... Temos de gastar o nosso tempo a planear os jogos e a competir"
Comparações com o futebol mexicano: "No México as equipas fechavam-se muito porque tinham-nos muito respeito. Não é fácil entrar num bloco tão baixo como o que vimos no outro dia, com o Santa Clara, mas há que aproveitar as oportunidades. Não vão conseguir etiquetar-me, em termos de tática, é o rival que me diz como vamos atacar. No futebol é preciso construir a todo o momento. Temos um plano de jogo para este encontro e para o seguinte teremos outro"
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