Sete anos depois, ainda se comenta a passagem de Marco Silva pelo Sporting. O técnico português que atualmente orienta o Fulham esteve ligado aos leões na temporada de 2014/15, onde conquistou uma Taça de Portugal, mas ainda há quem fale do seu despedimento no final da temporada.
Em entrevista ao jornal 'Record', Marco Silva não se mostrou, contudo, arrependido de ter ido para o Sporting, mesmo estando num processo ambicioso como o Estoril [que tinha garantido o quarto lugar e a qualificação para a Liga Europa].
"Não, não me arrependo de ter ido para o Sporting. Aliás dificilmente me arrependo das decisões que tomo. Estava num momento bom, no qual tinha muitas opções, incluindo permanecer no Estoril, o que, se tivesse acontecido, serviria para prolongar a onda de coisas boas que estávamos a conseguir. Íamos atacar o mercado com mais ambição [orçamento maior do que nos anos anteriores] e não digo que ficássemos outra vez em 4.º ou 5.º mas iríamos andar nos lugares cimeiros, a jogar bom futebol e a ganhar muitas vezes", esclareceu.
O técnico que está de regresso à Premier League acrescentou ainda que o contrato que assinou com os verdes e brancos foi o mais longo que alguma vez assinou, mas por motivos específicos.
"No futebol a 'longa duração' é sempre relativa, porque o fenómeno está muito alicerçado em resultados; mas quando assinámos por quatro anos o objetivo era claro: passava por olhar para a formação e lidar com problemas financeiros pelos quais o clube passava naquela altura. Tínhamos uma base boa criada no ano anterior e ficámos em terceiro lugar", explicou.
Depois de conquistada a Taça de Portugal, as atenções ficaram viradas para a forma como Marco Silva foi despedido. Na altura, o Sporting dirigido por Bruno de Carvalho invocou justa causa por alguns motivos, entre os quais, a não utilização do fato de treino oficial do clube num jogo a contar para a Taça de Portugal. Quando questionado sobre esse tema, o técnico de 45 anos assumiu que se o caso tivesse ido a tribunal poderia ter tido outro desfecho que lhe seria favorável.
"Penso que não é futebol. Se o objetivo era que eu prosseguisse a minha carreira noutro lado, poderíamos ter feito as coisas de outra forma. Porque, entrando por essa via, era certo que ia acabar onde acaba sempre, isto é, em tribunal, com o treinador a ter razão, como sucede nestes casos", concluiu.
Depois da saída de Portugal e de uma curta passagem pela Grécia, Marco Silva tem tido um longo percurso em solo inglês. Depois do Hull City, Watford e Everton, agora é o Fulham que está sob o seu comando técnico. Várias vezes se falou no eventual regresso a Portugal, mas por enquanto ainda parece ser algo fora de equação.
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