O treinador de futebol Manuel Cajuda afirmou à Lusa que a luta pelo título de campeão nacional vai ser mais disputada do que na última temporada, enaltecendo as melhorias ocorridas no último ano na arbitragem portuguesa.
"A disputa do título vai ser mais dura do que no ano passado, o Benfica procura o que nunca conseguiu, um tetracampeonato, sobre o Sporting, que lutou até ao último jogo, não há razões para dizer que enfraqueceu e aparece um FC Porto com ideias mais definidas para voltar a conquistar uma hegemonia que teve nos últimos 25 anos, tirando estes últimos três. As coisas parecem-me saudáveis e desejo um campeonato forte", afirmou o treinador.
Em declarações à Lusa, Manuel Cajuda lançou um apelo a todos os intervenientes do futebol português, pedindo para que a ética esteja presente em campo e elogiou as melhorias na arbitragem.
"Espero que seja um campeonato disputado como no ano passado até ao fim, que os intervenientes pensem cada vez mais que o futebol é uma profissão de elite, que merece maiores cuidados, redobrada atenção, e que as equipas disputem com ética dentro de campo os argumentos que escolheram. Seria bom desenhar uma melhoria acentuada, que se tem verificado na arbitragem portuguesa, que venha cimentar melhorias e que, por muito que não se queiram ver, aconteceram no ano passado", sublinhou.
Aos 65 anos, Cajuda já treinou clubes como o Sporting de Braga e Vitória de Guimarães, equipas que destaca na luta pelos lugares ‘europeus'.
"O Sporting de Braga fica sempre na luta entre a conquista de um lugar europeu e os lugares do pódio, é justo e aceitável que assim seja, seria bom saudar o regresso do Vitória de Guimarães a essa luta constante e os que foram à Europa que tenham capacidade para lá voltar", vincou.
Quanto aos lugares de descida, Cajuda disse não concordar com as filosofias das equipas que tem como objetivo lutar pela permanência.
"Na parte final do campeonato há um leque enorme de equipas que têm como objetivo não descer de divisão, não concordo com isso, porque isso é o mínimo que se pode exigir. Ninguém deve assumir isso como objetivo de uma equipa", concluiu.
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