Pedro Madeira Rodrigues entende que o presidente da SAD deverá ser o presidente do clube. O candidato às eleições do Sporting deu o exemplo do que se passa no Belenenses para explicar que os dois cargos devem ser ocupados pela mesma pessoa.
"Os sócios e adeptos do Sporting não vão perceber esta divisão entre um presidente do clube e SAD. É verdade que fomos campeões da última vez assim. Mas olhem para o Belenenses, é uma salganhada. Qualquer pessoa aparecer a sugerir esta divisão, julgo que não é benéfico", disse o candidato, durante a convenção 'Sporting talks', sublinhando a necessidade de o clube ter a maioria da SAD.
"Manter a maioria da SAD é fundamental, os investidores querem estar associados a uma marca fantástica como a do Sporting. E vão pensar que vão fazer dinheiro connosco, porque isto bem gerido dá dinheiro", completou.
Na sua intervenção, o candidato falou das semelhantes entre o Sporting e o Liverpool e diz que, com ele, não vai haver contratação de "pessoas que são familiares diretos de membros de órgãos sociais".
"Em relação à equipa, podemos na mesma ter equipas competentes, autonomia, é isso que estou a criar. Estou a olhar o perfil da pessoa que vou escolher para a MAG, já a tenho, ainda vou convidar outra para o Conselho Fiscal. A primeira coisa que lhes disse foi que preciso da vossa ajuda para me alertarem para o que estou a fazer mal, não quero que façam a campanha por mim. Já não no ano passado disse a mesma coisa. Falei muito com o Rick Parry, CEO da Premier League e ex-diretor do Liverpool. É curioso que o Liverpool apesar da cor tem muitas semelhanças com o Sporting. Comigo não vamos contratar pessoas que são familiares diretos de membros de órgãos sociais. Infelizmente isso tem acontecido muito no nosso clube", atirou.
Madeira Rodrigues avançou ainda com outras medidas: limitação de mandatos e mais transparência na relação com as claques.
"A ideia da limitação de mandatos é muito interessante. Defendi isso, por exemplo, quando estava na Câmara do Comércio [...]. Há duas medidas simples que pensei, tem de haver uma limitação de idades nas claques, ajudar-nos-ia muito a ter claques a trabalhar de forma diferente. E nos todos devíamos estar envolvidos nisso. Em AG, dizer aos sócios quanto gastamos com as claques e se os sócios não aprovarem, não aprovam”, frisou.
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