Com a agressão dos jogadores e equipa técnica do Sporting em plena Academia na última terça-feira, Luís Vilar não tem dúvidas sobre quem é o autor moral do incidente, que configura um dos episódios mais negros da história do Sporting. Ainda assim, o investigador não acredita que o ato de violência perpetrado pelo líder dos leões.
O investigador considera que todo o clima de pressão sobre os jogadores é da responsabilidade do líder dos leões.
"Bruno de Carvalho Como é óbvio. A forma como Bruno de Carvalho se tem dirigido aos jogadores. A forma como tem colocado os jogadores sobre pressão e o ónus da culpa e da falta de profissionalismo em cima deles faz com que os adeptos, mais inconscientes, acabem por reagir desta forma. Não tenho dúvidas que do ponto de vista moral é um dos responsáveis deste ato. Estou curioso para saber se do ponto de vista formal também é o responsável por estes atos porque há muitas questões que se têm levantado sobre as condições de segurança de Alcochete não estavam maximizadas com deveriam estar: O facto de serem membros da claque do Sporting; o facto de Bruno de Carvalho se dar muito bem com a claque do Sporting. Não acredito que tenham sido mandatados pelos mesmo, mas a serem não seria um caso virgem no futebol, e não surpreenderia. Já vimos caso de jogadores que foram alvo de agressões para rescindir contrato com o clube", comentou.
Questionado pelo SAPO Desporto sobre se há condições para a realização da final do Jamor, Luís Vilar acredita que a final da Taça de Portugal vai acontecer, mas considera que a segurança terá que ser reforçada.
"Não se muda a organização em 3 dias. Eu acho que há condições. A segurança vai ter que ser reforçada, em termos de vistorias, de segurança, porque o clima pode estalar a qualquer momento. Mas o Jamor tem que o palco da final da Taça. É ali que vai ter que ser, é ali que vai acontecer. Mas vão ter que ser reforçadas as medidas que têm que ser reforçadas".
Em relação aos ares no Sporting se tornarem mais respiráveis em caso de vitória na Taça de Portugal, o diretor da Faculdade de Ciências da Saúde e do Desporto da Universidade Europeia considera que do ponto de vista dos adeptos sim, mas "que o trauma nos jogadores" e o "problema financeiro" vai continuar a existir.
"É irreversível. Os adeptos do ponto emocional podem sentir-se melhor. Pode renascer algum orgulho sportinguista que tem estado escondido nestes últimos dias, mas o problema financeiro pode continuar a existir, o trauma que está nos jogadores não vai deixar de existir com a conquista ou sem a conquista da Taça de Portugal. Ele são profissionais. O que tem vindo a público, e o que sabe, é um milésimo do que eles passaram. As pessoas não têm noção disso. As pessoas pensam que isto foi um acontecimento. Eles andam a ser sujeitos a desconsiderações diretivas já há algum tempo e relembro-me do episódio de janeiro de 2017 em Chaves, quando Bas Dost teve que por o presidente fora do balneário. E o Adrien e o William tiveram que fazer aquelas declarações à Sporting TV claramente forçados. Nós só sabemos só um milésimo do que passa lá dentro. Estou convicto disso, vivi balneários e sei como é que as coisas se fazem", finalizou.
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