O antigo presidente do Marítimo Rui Fontes formalizou hoje a sua candidatura perante uma centena de adeptos, próximo à sede do clube da I Liga de futebol, onde informou que Luís Olim integra a sua lista.
“Em termos muito gerais, será uma nova forma de gerir e organizar o clube, como também outra forma de estar no futebol português, onde se cria amigos e não inimigos e, se cumpre o que é determinado pelos órgãos do futebol”, afiançou o candidato à presidência ‘verde rubra’, cuja campanha é intitulada de “Tá na Hora – Novo Rumo”.
Rui Fontes comandou o Marítimo entre 1988 e 1997, tendo sido substituído por Carlos Pereira, que exerce o cargo desde então.
A formalização da candidatura aconteceu nos Jardins do Almirante Reis, no Funchal, junto à estátua que presta homenagem ao jogador do Marítimo.
Na lista apresentada pelo candidato, José Augusto Araújo consta para presidente da Assembleia Geral, Roberto Figueira para o Conselho Fiscal, Luís Olim para vice-presidente com a tutela do futebol profissional e Eugénio Mendonça para o cargo “inovador” denominado de património humano que visa “tratar de todas as questões relacionadas com os adeptos”.
O antigo capitão maritimista Luís Olim é atualmente treinador adjunto dos lituanos do Panevezys, liderados pelo também madeirense João Luís.
“O que me está a preocupar é o património humano do clube que se degradou ao longo destes anos e decaiu fruto de uma gestão que não teve em conta essa situação e, nós vamos procurar reerguer o maior património do Marítimo que são os seus sócios”, referiu, enaltecendo que a “dimensão de um clube é dada pelo número de adeptos e não outro tipo de património”.
Rui Fontes sublinhou que a principal razão da sua candidatura foi ter-se apercebido de “um distanciamento muito grande entre quem dirigia o clube e a sua massa associativa”.
Sob a alçada do antigo presidente, o clube atingiu pela primeira vez na sua história as competições europeias, na época 1993/94, tendo sido na altura eliminado pela Antuérpia, na Taça UEFA.
“Vamos adotar uma SAD à moda europeia, com pessoas muito competentes. O futebol hoje em dia é um negócio e para dirigir esse negócio é necessário profissionais altamente competentes e que acompanhem o que se passa a nível europeu e mundial”, destacou o candidato, enfatizando que a “gestão do clube não pode ser feita por uma pessoa só”.
Sobre as eleições acontecerem em 22 de outubro, no mesmo dia que a Assembleia Geral de acionistas (para discussão do relatório de contas relativo à época desportiva 20/21) e a visita do Marítimo ao Vitória de Guimarães para a nona jornada da I liga, Rui Fontes garante que reflete a “organização do clube atualmente”.
O atual presidente do Marítimo, Carlos Pereira, tem oposição pela primeira vez em 24 anos.
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