O novo treinador do Rio Ave, Luís Castro, afastou hoje um cenário de ansiedade do plantel vila-condense para a partida de sexta-feira, frente ao Vitória de Setúbal, da 11.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.

O técnico, ex-FC Porto B, que substituiu Nuno Capucho no comando da formação da foz do Ave, acredita que a equipa poderá inverter o ciclo de cinco jogos consecutivos sem vencer no campeonato.

"Não senti ansiedade nos jogadores, mas é normal porque ainda não houve competição. O que senti até agora foi muita confiança no grupo e isso deixa-me muito contente", vincou o treinador.

Luís Castro falou num plantel "dedicado ao trabalho e aberto a absorver informação", mas lembrou que é normal que a sua ideia de jogo ainda não esteja totalmente assimilada.

"Normalmente são precisas sete semanas para que os jogadores assimilem as ideias de jogo do treinador, mas nós tivemos apenas semana e meia e é natural que muitas coisas não estejam ainda limpas na cabeça de todos", alertou o técnico.

Por isso, o técnico não acredita que o efeito da ‘chicotada psicológica', por si só, tenha repercussões imediatas na produção da equipa.

"Focarmos o efeito da mudança de treinador já no jogo seguinte é muito redutor, até porque não cheguei a acordo com o clube apenas para este próximo jogo. Assim, colocar todo o nosso foco apenas no desafio que vem é errado, porque este é um trabalho de continuidade", apontou.

Ainda assim, o técnico do Rio Ave deixou claro aquilo que pretende da sua equipa para este embate frente ao Vitória de Setúbal.

"Gostamos de ter uma equipa dominadora e intensa, mas sabemos que teremos pela frente um adversário que está estabilizado emocionalmente e com boas dinâmicas, que nos vai condicionar e obrigar a percorrer outros caminhos", garantiu.

Sobre eventuais mudanças que esteja a preparar no ‘onze', o técnico garantiu que não promoverá revoluções, mesmo que possa fazer uma avaliação diferente dos recursos que têm à disposição.

"Todos os nossos jogadores têm qualidade, mas é normal que eu olhe para eles de forma diferente do que o Nuno [Capucho], e, por isso, pode haver uma ou outra alteração na equipa, para que esta se adeque na estratégia para este jogo", apontou.

O treinador dos vila-condenses pronunciou-se, ainda, sobre o facto de não ter feito qualquer jogo-treino, nestas últimas semanas em que houve paragem do campeonato.

"Só devemos ir a exame quando temos a matéria bem estudada, e se esta ainda não está completamente dominada só nos devemos testar quando formos obrigados, como é o caso deste próximo jogo", concluiu.

O Rio Ave, 11.º classificado com 11 pontos, desloca-se esta sexta-feira ao terreno do Vitória de Setúbal, nono com 13, numa partida agendada para as 20:30, que terá arbitragem de Jorge Ferreira, da Associação de Futebol de Braga.