Pena e Liedson partilham o à vontade em fazer golos, as raízes baianas, e, a partir de 2013, a passagem pelo FC Porto.
Pena foi feliz em 2000/01 ao ser coroado como o melhor marcador do campeonato com 22 golos quando jogava de azul-e-branco. Liedson havia de conseguir igualar e ultrapassar o compatriota ao somar o título de 2004/05 e repeti-lo em 2006/07, mas pelo Sporting.
Hoje Pena já só joga nas “babas” (nome pelo qual são conhecidos os jogos entre amigos na Bahía) e vive em Vitória da Conquista, terra a 300km de Valença, onde Liedson cresceu para o futebol e onde passa as suas férias em família.
À distância, o antigo avançado acompanha a carreira de Liedson no FC Porto e ao SAPO Desporto diz estar triste por ver o “levezinho” quase sempre de fora das escolhas do treinador Vítor Pereira.
«Ele é um grande jogador, um guerreiro e tem uma história fantástica. Infelizmente você vê uma pessoa como o Liedson sentado no banco. Uma pessoa que chegou a Portugal no passado e fez o que fez, somou títulos de melhor marcador do campeonato português mais do que uma vez», começou por dizer Pena.
Desde janeiro em Portugal por empréstimo do Flamengo, Liedson apenas somou 51 minutos divididos por quatro jogos e ainda não sabe o que é marcar. Pouco, muito pouco para quem foi uma escolha do treinador e que vinha com o objetivo de concorrer com Jackson Martínez.

Pena diz que não se pode «faltar ao respeito» desta forma a «um grande jogador que fez e faz parte da história de um campeonato e de um país, uma vez que ele se naturalizou».

O baiano vai mais longe para defender Liedson e lembra que «quem é rei nunca perde a majestade», acrescentando que o avançado «com certeza não desaprendeu a fazer golos».

A forma como o treinador Vítor Pereira tem conduzido a situação do jogador só leva a um caminho na opinião do antigo avançado do FC Porto: «Desfazer uma imagem tão bonita de um cara que fez tanto pelo futebol português», concluiu.

Liedson tem 35 anos e notabilizou-se em Portugal ao serviço do Sporting entre 2003 e 2011.