O julgamento de José Veiga e João Pinto por alegada fraude fiscal e branqueamento de capitais, no âmbito do processo de transferência do ex-jogador para o Sporting, relativo a julho de 2000, foi hoje adiado para o dia 16 de abril, a pedido da defesa.
Os advogados de José Veiga requereram a «presença da instituição Sporting», com o juiz Fernando Pina a adiar nova sessão só para abril, devido ao pedido de documentos a Sporting e CMVM.
O julgamento de João Pinto, José Veiga, Luís Duque e Rui Meireles arrancava hoje, na 6ª Vara do Tribunal Criminal do Campus de Justiça.
A Polícia Judiciária (PJ) teve acesso a documentos emitidos pela sociedade Goodstone, relativos a um pagamento de prémio de assinatura, no valor de 3,4 milhões de euros. A PJ provou ainda que a Goodstone possuía os direitos desportivos de João Pinto e que José Veiga detinha poderes de representação da sociedade, que estava sediada num paraíso fiscal.
Neste processo foram ainda indiciados Luís Duque e Rui Meireles, que ocupavam nessa data os cargos de presidente e administrador da SAD do Sporting. Passados 12 anos, Duque volta a estar à frente dos destinos do futebol dos leões.
A investigação da Polícia Judiciária e do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) começou em 2005, tendo a acusação do Ministério Público (MP) sido deduzida há cerca de um ano.
A acusação indica que o prémio de assinatura de transferência do jogador, no valor de cerca de 3,4 milhões de euros, foi omitido no contrato, lesando assim o Estado no valor correspondente ao imposto por cobrar.
O Ministério Público avançou com um pedido de indemnização cível no valor total de 678.490,23 euros.
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