O treinador do Farense, José Mota, disse hoje que espera que a sua equipa seja um dos bons protagonistas da edição 2024/25 da I Liga portuguesa de futebol, impondo-se jogo a jogo com ambição e organização.
“Temos as ambições legítimas de um clube que sabe qual é a sua dimensão. Agora, nós queremos ser uns bons protagonistas durante este campeonato. Neste momento, há uma perspetiva positiva. Penso que temos tido arte e engenho no que diz respeito às aquisições e que estes jogadores vão-se adaptar rapidamente”, referiu.
Em declarações aos jornalistas após a vitória por 5-1 no jogo particular com a equipa sub-23, o técnico do Farense, que renovou por mais uma época por se sentir “respeitado”, dentro e fora do clube, assumiu que quer uma equipa a impor-se “jogo a jogo”.
“Construir uma boa equipa, construir uma equipa que tenha os olhos direcionados para a vitória, que seja uma equipa ambiciosa, uma equipa organizada. Este é o nosso sentimento, o de lutarmos em todos os jogos com uma forte ambição, com uma forte determinação, e tornar os jogos difíceis para os adversários”, salientou.
Questionado sobre se a fasquia está mais alta, depois do 10.º lugar na época passada, o melhor registo do Farense desde 1995/96 no escalão principal, José Mota reforçou que a equipa ambiciona mais, mas que o “mais importante, neste momento”, é lutar com determinação em todos os jogos.
O técnico dos algarvios admitiu, também, que a saída de vários jogadores fundamentais na subida à I Liga, em 2022/23, e que tinham permanecido na época passada, como Gonçalo Silva, Mattheus Oliveira e Fabrício Isidoro, todos em final de contrato, é “um ciclo normal”.
“Existiram jogadores que saíram que nós queríamos que se mantivessem, mas, devido à sua valorização, acabaram por ter outras opções. Temos experiência suficiente para perceber que todos os anos isto vai acontecer. O que nós queremos é exatamente isso, é sermos uma equipa que valoriza os seus ativos, é o melhor sinal do trabalho desenvolvido ao longo da época”, frisou.
A formação de Faro já garantiu sete contratações, três delas de jogadores espanhóis, “um mercado com grande tradição” no futebol português, referiu José Mota, exemplificando com o caso de Paco Fortes, que se evidenciou no Farense nos anos 80 do século passado e depois se tornou seu treinador.
“Houve algum tempo em que o mercado espanhol estava fechado, também porque era difícil em termos financeiros, e hoje estamos mais próximos, com esses atletas a perceberem que aqui têm uma oportunidade de jogar ao mais alto nível. O passado tem dito que têm vindo para cá excelentes jogadores e o nosso campeonato tem sido também um trampolim de muitos jogadores espanhóis”, argumentou.
O plantel continua em aberto e José Mota espera “mais reforços” até ao fecho do mercado, até porque o seu objetivo é ter o grupo completo até agosto e evitar o recurso a contratações em janeiro.
“O mais importante é que nós possamos fazer o nosso trabalho agora nesta fase, para depois chegarmos a janeiro e não andarmos aí preocupados com reforços ou preocupados com adaptações. (...) Esta época que passou foi isso, fomos o único clube que não teve inscrições [em janeiro], porque achámos que fizemos o nosso trabalho bem feito nesta fase da época”, finalizou.
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