O treinador do Vitória de Setúbal quer no domingo, na receção ao Vitória de Guimarães, da 13.ª jornada da I Liga de futebol, que a sua equipa dê uma resposta à goleada (6-0) sofrida na casa do Benfica.
"Perder por números tão expressivos deixa sempre marcas. A vontade da equipa é jogar o mais rápido possível para mostrar que tem vontade e capacidade para reagir ao momento", disse hoje José Couceiro, em conferência de imprensa no Estádio do Bonfim.
O técnico, que apelou à presença do público sadino nas bancadas, elogiou o conjunto vimaranense, comandado por Pedro Martins.
"Vamos encontrar uma equipa que tem vindo a melhorar, joga bem, tem uma identidade muito própria e está bem orientada. Isso é visível na forma como reage a resultados negativos. Venceram os últimos dois jogos fora de casa [3-1 e 1-0 com o Desportivo das Aves e Rio Ave, respetivamente], lembrou.
Apesar do valor do oponente, José Couceiro acredita que o Vitória de Setúbal vai reencontrar os êxitos após quatro derrotas consecutivas (três no campeonato e uma na Taça de Portugal).
"Sabemos que temos condições e qualidade para ganhar. Vai ser um jogo muito equilibrado entre duas equipas que têm atitude positiva para vencer. É um jogo muito importante para nós", admitiu.
O facto de a sua equipa estar no 16.º lugar, na antepenúltima posição da tabela, e dispor apenas de três pontos de vantagem para os dois últimos classificados, não abala a confiança do treinador.
"Mais importante do que isso é a equipa reagir ao último resultado e mostrar que tem capacidade para fazer muito melhor. No final do segundo terço da prova estaremos mais próximos do que podemos fazer. Não é alarmante para ninguém, ainda há muito caminho pela frente, mas tem de ser agora que as coisas têm de se começar a compor", alertou.
José Couceiro discorda do facto de a sua equipa poder estar a pagar a fatura da juventude no plantel.
"Não creio que seja esse problema. Há dois meses disse que daqui a dois meses, hoje, portanto, já ninguém iria querer saber dos erros que nos prejudicaram. É claro que é preferível jogar em mar calmo do que na tempestade. No entanto, na tempestade também se cresce e aprende muito", referiu.
Sobre a crise diretiva que afeta o Vitória de Setúbal - direção demitiu-se em 21 de novembro e eleições estão agendadas para 21 de dezembro -, o treinador admite que o momento atual não deixa o plantel indiferente.
"A instabilidade nunca é o melhor ambiente para a tranquilidade da equipa. Temos que aguardar o ato eleitoral e continuar a fazer o nosso trabalho", frisou, escusando-se a tecer mais comentários sobre o assunto.
Nuno Pinto e César (castigados), Patrick, Adebanjo, Vasco Costa e Yannick Djaló (lesionados) falham o duelo com os vimaranenses. Rafinha e João Amaral, ambos com problemas físicos, estão em dúvida e só domingo, ao final da manhã, José Couceiro decide se os vai incluir na convocatória.
O Vitória de Setúbal, 16.º classificado, com 10 pontos, defronta o Vitória de Guimarães, sétimo, com 17, pelas 20:15 de domingo, no Estádio do Bonfim, em Setúbal.
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