Com a derrota caseira frente ao Benfica, neste domingo, o SC Braga somou o quinto jogo consecutivo sem vencer, tendo perdido terreno em relação ao terceiro lugar, ocupado pelo Sporting, na luta pelo acesso à Liga dos Campeões.
Desde que Jorge Simão assumiu o comando técnico dos bracarenses, em dezembro passado, a equipa disputou 13 jogos (oito para o campeonato e cinco para a Taça da Liga), tendo averbado seis vitórias, três empates e cinco derrotas, uma das quais na final da Taça da Liga, com o Moreirense.
Se compararmos com a campanha de José Peseiro, podemos verificar que o anterior técnico dos minhotos esteve no banco em 23 jogos, somando 11 vitórias, cinco empates e sete derrotas. É importante referir que os ‘desaires’ de Peseiro incluem a final da Supertaça (com o Benfica), a fase de grupos da Liga Europa, três jogos para o campeonato, dois deles frente a dois ‘grandes’ (outra vez Benfica e FC Porto) e ainda a eliminação da Taça de Portugal. Este último, de resto, ditou o afastamento do treinador do clube.
No entanto, se cingirmos esta análise apenas à Liga portuguesa, a diferença entre Peseiro e Jorge Simão cresce exponencialmente. Vejamos: dos 13 jogos disputados para esta competição, Peseiro conta com um registo de oito vitórias, dois empates e três derrotas; Simão, por sua vez, em oito duelos a contar para o campeonato, soma duas vitórias, três empates e três derrotas.
Dos 39 pontos em jogo, Peseiro conquistou 24, ao passo que Simão apenas somou 9 pontos dos 27 em jogo. Registo bem longe do que havia sido ambicionado pelo técnico no dia em que foi apresentado por António Salvador, presidente dos minhotos. Na altura, o técnico tinha estabelecido a meta dos 65 pontos como principal objetivo neste defeso.
E a verdade é que não está fácil a situação para o atual timoneiro dos arsenalistas, que à 22ª jornada somam 38 pontos, com a quarta posição longe de estar garantida. Tivesse o Vitória de Guimarães vencido na visita ao Belenenses (empatou a uma bola), e as duas equipas estariam agora em igualdade pontual.
O próprio técnico do SC Braga admitiu o mau momento da equipa no final do jogo com os encarnados.“Tem sido duro, muito duro. Vivemos uma fase dura, não há como esconde-lo. Apesar dos resultados não terem sido o que queríamos, há um amadurecimento daquilo que são as ideias que pretendemos implementar. As mudanças são sempre difíceis”, afirmou.
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