O Paços de Ferreira tem revelado capacidade de conquistar pontos, num campeonato onde ganhar não é fácil, disse hoje o técnico Jorge Simão, na véspera do jogo com o Moreirense, da 10.ª jornada da I Liga de futebol.

 “A competitividade é muita, há muitos empates, o que faz com que muitas equipas se juntem na tabela com uma diferença de pontos muito reduzida, em que uma vitória pode valer uma subida de três ou quatro lugares. Não tem sido fácil ganhar jogos, daí realçar a importância de também não perdermos. Não é um discurso de alguém que não tem ambição, mas de alguém realista, porque muitas das vezes não perder é fundamental”, salientou Jorge Simão.

 O técnico pacense, que falava na conferência de antevisão ao jogo de segunda-feira, em Moreira de Cónegos, retirou da equação os três ‘grandes’, mais o Sporting de Braga e a “revelação” Estoril Praia, revelando, de, seguida, alguma preocupação com os efeitos do estado do tempo no relvado, tendo em conta que “terrenos pesados podem alterar o figurino dos jogos”.

 Nos últimos oito jogos, que incluíram dois encontros da Taça da Liga e um para a Taça de Portugal, o Paços conquistou somente uma vitória, e no campeonato leva uma percentagem de concretização de 0,9 golos por jogo. Jorge Simão disse estar preocupado, sem ver na frieza dos números uma “situação alarmante”.

“Acho que é importante não fazer uma análise muito superficial dos números. É verdade que no meio desses oito jogos temos uma vitória, mas, tirando taças, só temos uma derrota no Dragão [2-1, diante do FC Porto]. Não vejo situação alarmante, mas estou preocupado”, referiu.

 Na análise feita pelo técnico, a finalização da equipa entronca na acutilância ofensiva, menor no ‘nulo’ diante do Arouca, acabando por reconhecer nesse jogo “uma notória falta de frescura física, que condicionou a lucidez [da equipa]” e a tomada de “más decisões em cascata”.

“Fomos muito bons em termos globais frente ao Belenenses SAD, no jogo com o Arouca acho que tivemos, acima de tudo, falta de frescura para encontrar boas soluções no jogo. Daí, também, a minha intenção de, no decurso destes últimos dias, juntamente com a vontade dos jogadores, dotar a equipa de maior frescura física, para podermos abordar melhor os jogos”, sublinhou.

 Questionado sobre a crescente onda de contestação da massa associativa, Jorge Simão respondeu com diplomacia, afirmando ter um “respeito enorme pelos adeptos do Paços”.

“A minha função enquanto treinador é, também, criar uma empatia enorme com os adeptos, visando uma dinâmica empática que ajude toda a gente. Temos de aceitar todas as suas manifestações e seguir em frente, juntos se possível, ou, então, trazê-los para o nosso lado”, concluiu.

Jordi, João Vigário, Marco Baixinho e Diaby estão entregues ao departamento médico e vão falhar o jogo na segunda-feira.

Na tabela, o Paços é nono classificado, com 10 pontos, enquanto o Moreirense está no limite da permanência, em 15.º lugar, com sete.

As duas equipas defrontam-se no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos, na segunda-feira, no encerramento da 10.ª jornada, às 21:15, em jogo que terá arbitragem de João Gonçalves, da associação do Porto.

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