O treinador do Boavista, Jorge Simão, lamentou que a equipa tenga deixado fugir a vitória diante do Chaves ao sofrer dois golos nos últimos 10 minutos - que colocaram 3-3 no marcador - , altura em que deveria ter sido capaz de "'fechar a loja'".
"O que se passou com a equipa nos últimos dez minutos? Sofremos dois golos. Fizemos o 3-1 aos 78 minutos e o espectável seria a loja fechar. Teríamos de recorrer a todas as ferramentas ao nosso alcance para fechar a loja e ter o controlo puro e claro do jogo", começou por dizer Simão após o jogo da 30.ª jornada da Liga NOS disputaado este sábado no estádio do Bessa.
"Tivemos esse controlo", prosseguiu o técnico, "mas permitimos oportunidades de golo. Esse período do jogo não deve servir para descrever o que foi a história do jogo, porque há muito para trás desses últimos dez minutos. Há uma primeira parte absolutamente fantástica da nossa equipa. Foram os melhores momentos de jogo que vivi à frente desta equipa."
"O 2-1 ao intervalo era muito curto para aquilo que fizemos, porque criámos mais oportunidades de golo do que o Chaves e, além disso, melhores. Na segunda parte, fizemos aquilo que tínhamos de fazer, chegámos ao 3-1 e podíamos ter feito mais golos. Lembro-me de uma bola no poste e de outras situações para poder fazer golo", adiantou ainda.
"Compreendo perfeitamente a desolação dos nossos adeptos e dos jogadores. Prefiro olhar para isto como um momento de aprendizagem e de crescimento, para que em momentos semelhantes consigamos controlar essa parte final do jogo, e elogiar aquilo que foi a coragem e o talento destes jogadores no restante período do jogo, porque foi fantástico aquilo que fizemos hoje, que não teve correspondência com o resultado final", reforçou, encerrando:
"O nosso processo é quase como tocar violino. Um som limpo e fino. Treinamos menos tempo a tocar bombo e há fases do jogo em que, se calhar, temos de tocar bombo".
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