O Benfica não conseguiu o tão desejado pentacampeonato, mas despediu-se da época com uma vitória sobre o Moreirense (1-0), que, aliada à derrota do Sporting nos Barreiros, deixa a equipa de Rui Vitória no segundo lugar e na luta pelo acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões. Jonas, que voltava à titularidade após lesão, fez o único golo da partida, de grande penalidade. Apesar da derrota, a formação de Petit conseguiu garantir a manutenção na Primeira Liga pelo segundo ano consecutivo.
Mas rebobinemos este filme. Para o ataque à Champions, ainda que dependente de terceiros, Rui Vitória optou por lançar Jonas no onze. O melhor marcador da Liga já tinha sido suplente utilizado frente ao Sporting (0-0), na jornada anterior, mas agora foi mesmo opção inicial para a frente de ataque, no lugar de Raúl Jiménez. Não era titular desde março, contra o Vitória de Guimarães.
De resto, o técnico dos ‘encarnados’ promoveu mais três alterações em relação à partida com os ‘leões’. Salvio entrou para o lugar de Rafa, enquanto Luisão substituiu o castigado Jardel como já era esperado. Samaris saiu também e Cervi atuou de início. Rúben Dias, depois de ter sido castigado e despenalizado, também foi opção para o último jogo da equipa na Liga 2017/18.
No lado do Moreirense, Petit trocou Boubacar por Rafael Costa em relação à derrota com o Desportivo das Aves.
Logo ao minuto 3, Grimaldo caiu na área sob ação de Alfa Semedo e pediu grande penalidade, mas Fábio Veríssimo mandou jogar. O espanhol voltaria a estar em destaque pouco tempo depois, a rematar forte de pé esquerdo, à entrada da área (8’), mas a bola saiu ligeiramente ao lado da baliza dos minhotos.
O Benfica controlava o jogo, mas ia encontrando forte resistência defensiva por parte do Moreirense. Ao minuto 14, Salvio arrancou pela direita, tocou para trás, com Pizzi a rematar, mas a bola desviou num defesa e acabou por sair pela linha de fundo. Quatro minutos depois, foi a vez de Jonas desperdiçar nova oportunidade: cruzamento de Cervi na esquerda, Jonas antecipa-se ao primeiro poste, mas o desvio saiu ao lado.
As ‘águias’ continuavam a pressionar, mas nem de bola parada conseguiam chegar ao golo: na sequência de um livre (37’), Rúben Dias ainda conseguiu ganhar espaço para cabecear ao segundo poste, mas ao lado da baliza de Jhonatan. Os cónegos tentavam responder no contra-ataque, mas sem causar perigo.
Ao minuto 31, houve festejos na Luz: o Marítimo marcava ao Sporting, o que deixava o Benfica em segundo lugar e em posição de Champions, mas Bas Dost restabeleceria a igualdade logo a a seguir, voltando a estar tudo na mesma na classificação. Mas continuava a não haver golos na Luz. Pizzi ainda tentou a sorte à entrada da área (35’), mas o remate saiu torto.
A segunda parte começou com um belo pormenor de Salvio, a desviar um cruzamento de Zivkovic (48’), mas a bola sai pela linha de fundo. Apenas dois minutos depois, Alfa Semedo, um dos melhores em campo até àquele momento, estendeu o braço direito para cortar um cruzamento de Grimaldo. Chamado à conversão, Jonas não vacilou e atirou quase ao ângulo, sem hipóteses para Jhonatan. Em função do 1-1 nos Barreiros, o golo do avançado brasileiro colocava as ‘águias’ no segundo lugar. E o Moreirense continuava a salvo da descida.
Ao minuto 62, Zivkovic caiu na área em lance disputado com Rúben Lima, mas Fábio Veríssimo mandou seguir. Pouco depois, Pizzi tentou surpreender o guarda-redes do Moreirense, que estava adiantado, mas o remate saiu por cima. O médio acabaria por dar lugar a Samaris (70’), aproveitando uma altura em que o jogo estava menos intenso. Rui Vitória lançou ainda Jiménez para o lugar de Jonas, que se despede da temporada como melhor marcador da I Liga (34 golos), recebendo muitos aplausos dos adeptos na Luz.
O Moreirense ainda causou alguns calafrios - destaque para o cruzamento perigoso de Dramé na esquerda, sem ninguém ninguém dos minhotos para o desvio - mas o marcador não voltaria a sofrer alterações. Os adeptos 'encarnados' ainda festejaram nas bancadas, mas por causa do 2-1 do Marítimo.
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