O empresário João Lagos disse hoje que não avançou para a compra de 75,65% da SAD do futebol do Estoril-Praia porque os brasileiros da Traffic, proprietários da sociedade, não lhe forneceram a “informação óbvia e essencial” que pediu.
“A Traffic tornou até agora o negócio impossível, devido à falta de informação óbvia e essencial ao exercício da preferência na minha aquisição da SAD do Estoril-Praia”, disse João Lagos à agência Lusa, no último dia de que dispunha para concretizar a proposta de compra.
O empresário, que em 2010 vendeu a SAD estorilista à Traffic, disse que enviou aos brasileiros “uma lista de perguntas que ficou sem resposta”, nomeadamente, quais os atuais ativos e passivos da sociedade e os seus respetivos valores.
João Lagos, que exerceu o direito de preferência depois de uma proposta inicial da empresa inglesa Fidelis, disse ter “reunido todas as condições” para consumar o negócio, inclusive, a obtenção de oito milhões de euros necessários para cobrir a oferta do concorrente.
Na altura, João Lagos explicou que o facto de ter acionado a cláusula de preferência do contrato celebrado em 2010 se inseria “num plano mais vasto”, que visava a sua reabilitação empresarial, afetada pela incapacidade de continuar a organizar o torneio de ténis Estoril Open.
“Aguardamos, serenamente, que o bom senso prevaleça e que a Traffic ainda venha a facultar-nos a informação que até hoje nos tem sido negada”, observou João Lagos, que foi diretor do Estoril Open durante 25 anos.
Contactado pela agência Lusa, o presidente da SAD do Estoril-Praia, Tiago Ribeiro, recusou comentar as acusações feitas pelo empresário.
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