O Benfica venceu o Estoril por 1-0, em jogo da 14.ª jornada disputado no Estádio da Amoreira. O golo da vitória foi apontado por Jiménez aos 61 minutos de grande penalidade.
Primeira parte
Desde o início da partida que se sabia que estas duas equipas tinham estatutos diferentes e, por isso, bem cedo assumiram os papéis para que estavam talhadas: o Benfica era o dominador e o Estoril o dominado.
E nesta dicotomia o jogo foi decorrendo entretido nos primeiros minutos, a boa velocidade, mas sem grandes lances que aquecessem o jogo e obrigassem os adeptos a levantarem-se na bancada.
O atrevimento do Benfica na primeira parte resumiu-se a um remate ao lado de Gonçalo Guedes aos seis minutos quando estava numa zona privilegiada, e a um pontapé de fora da área de Raúl Jiménez a que Moreira respondeu com uma boa defesa.
Ao domínio encarnado faltava mais rapidez de processos e combinações que desmontassem a estratégia canarinha. O talento individual, tão realçado pelo técnico do Estoril na antevisão, pode fazer a diferença, mas precisa de ser acompanhado com outros ingredientes, que pareciam teimar em não aparecer.
Já o Estoril esteve mais tempo preocupado a defender - diga-se que na maior parte das vezes bem - do que a atacar. Muitos dos passes que eram tentados para as costas de Luisão ou saíam mal direcionados ou eram resolvidos pelo central e pelo guardião Ederson. A exceção à regra, porque há sempre uma exceção, foi um cabeceamento de Diakhité ao poste. O 15 do Estoril aproveitou um livre para aparecer ao segundo poste sem marcação, mas teve pontaria a mais e a bola acabou no poste da baliza encarnada.
Segunda parte
Na segunda parte os papéis não se inverteram, mas o Benfica esteve por mais algum tempo algo macio na frente perante um Estoril com blocos bem juntos e com ajudas iam resolvendo o que por ali aparecia junto à área. Rui Vitória impacientava-se e Mitroglou veio a correr do aquecimento em seu auxílio, mas a substituição acabou por ficar congelada porque lá chegou o golo.
Aos 61 minutos, Cervi fez a finta na direita e Ailton caiu, acabando por tocar a bola com a mão. Bruno Paixão apontou para a marca de grande penalidade e Jiménez tratou de transformar em golo – o quarto jogo consecutivo do mexicano a marcar.
A perder por 1-0, esperava-se que o jogo finalmente abrisse e se estendesse a todo o campo, o que acabou por acontecer nos minutos seguintes. A equipa de Pedro Gómez Cármona começou a chegar mais perto da baliza contrária, e aos 71 minutos valeu Ederson. Num duelo entre brasileiros, o guardião levou a melhor sobre Tocantins. Depois foi Alisson a atirar de longe e mais uma vez Ederson estava lá.
Nesta altura já Mitroglou estava em campo e Jonas vinha a caminho, 113 dias depois da sua última aparição. O brasileiro entrou, e que diferença fez. O avançado trouxe mais critério ao ataque e por duas vezes cabeceou pondo em perigo a baliza estorilista. Já nos descontos, Tocantins teve tudo para empatar. O brasileiro cabeceou ao segundo poste sem oposição e atirou para fora.
O triunfo final acaba por não sofrer contestação, mas o Estoril vendeu cara a derrota.
Esta vitória deixa o Benfica novamente na liderança com 35 pontos, repondo os quatro de vantagem sobre o FC Porto. Já o Estoril manté os 15 pontos que trouxe para este encontro.
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