Jorge Jesus esteve frenético no banco do Benfica, na difícil vitória dos 'encarnados' frente ao Marítimo. O técnico do Benfica não parou um segundo, sempre a dar instruções aos seus jogadores, a corrigir posicionamentos e a dar raspanetes. Mas também a criticar o banco adversário.
As quebras de jogo não agradavam nada ao treinador do Benfica, que, irritado, dirigiu-se para o banco do Marítimo com palavras fortes para Lito Vidigal.
"Tem mas é vergonha. Vai mas é treinar para Elvas [n.d.r, cidade onde cresceu o treinador do Marítimo]", gritou Jorge Jesus para Lito Vidigal, quando Everton fez o 2-1 para o Benfica. Foi preciso a intervenção de Rui Costa, que teve de agarrar o treinador para o acalmar.
Antes, no primeiro tempo, tinha-se mostrado desagrado por uma quebra no jogo, quando o guarda-redes Charles pediu assistência médica: "Uma vergonha, deviam ir para a terceira divisão", gritou JJ.
No final do encontro, o técnico continuou nas críticas. Na análise ao encontro, Jorge Jesus deixou palavras nada simpáticos ao que considera ser o antijogo da equipa de Lito Vidigal.
"O Marítimo não precisa de fazer isto. Isto é um antijogo constante, o futebol português não quer ideias destas. Aquilo que já tinha ouvido falar da equipa do Marítimo é verdade! Enquanto não está a perder não quer jogar. O guarda-redes constantemente no chão, quebras de jogos, jogadores a mandarem-se para o chão... Isto não é qualidade para que se possa jogar no campeonato português. Depois quando tiveram a perder já quiseram jogar e quando quiseram jogar até jogaram melhor que o Benfica, nos últimos 10 minutos", atirou.
Lito Vidigal, treinador dos insulares, optou por não responder a nenhum dos ataques de Jorge Jesus e ser mais contido.
"Devemos ser educados e olharmos para as coisas com altivez. Podia falar de golos irregulares do Benfica, mas condeno, sim, a forma pouco educada como falamos de colegas nossos. Só aceito porque é o calor da emoção e porque vejo alguma insegurança", atirou.
No final do jogo os dois técnicos não se cumprimentaram.
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