O Gil Vicente “tem de fazer o seu jogo” para visar “um bom resultado” na receção ao FC Porto, no sábado, da quinta jornada da I Liga de futebol, reconheceu hoje o treinador Ivo Vieira, descartando um opositor desmoralizado.
“Vindo de uma derrota ou de uma vitória, o FC Porto é sempre uma equipa fortíssima. É bem orientada, tem grande potencial, interpreta o jogo para ganhar, é muito intensa, joga por dentro e por fora e tem uma variabilidade muito grande. Em relação a isso, estamos conversados. Não tem a ver com um resultado menos bom. O FC Porto oferece sempre problemas aos diversos adversários”, acautelou o técnico, em conferência de imprensa.
Os barcelenses somaram em Vizela o segundo empate consecutivo no campeonato, ao passo que os campeões nacionais vêm de uma derrota na visita ao Rio Ave (3-1), numa ronda em que o também recém-promovido Desportivo de Chaves bateu o Sporting (2-0).
“Não nos vamos reger por esses jogos, mas por aquilo que podemos fazer e pela crença de que é possível lutar por um resultado positivo. Não temos os outros como referência, apenas como um mero exemplo do que sucedeu. As equipas são competitivas e podem ganhar. Obviamente, quem luta por outras metas e anda em provas mais aliciantes tem uma percentagem maior, mas o jogo começa 0-0 e lutaremos para ter vantagem”, notou.
Falando nas “diferenças substanciais a todos os níveis” entre Gil Vicente e FC Porto, Ivo Vieira lembrou algum equilíbrio “em termos de comportamentos e de desejo” de vencer, esperando que os minhotos “levem para o campo aquilo em que trabalham e acreditam”.
“Defrontar o campeão nacional aumenta um pouco os índices de concentração de forma natural, até por se tratar de um jogo mais aliciante. O meu propósito é que nos jogos que se disputam frente aos não ditos ‘grandes’ tenhamos igual motivação. Por vezes, é com esses clubes que temos obrigatoriamente de somar pontos”, avisou o treinador, ainda a lidar com as lesões do russo Stanislav Kritciuk e dos brasileiros Lucas Barros e Murilo.
O clube de Barcelos também estará privado Carraça, emprestado pelos ‘dragões’, para a nona partida oficial em 2022/23, esperando dar continuidade ao maior entrosamento do plantel, na ‘ressaca’ da presença em duas pré-eliminatórias da Liga Conferência Europa.
“Vamos entrar numa fase com mais estabilidade em termos de espaço de trabalho. Já se notou um pouco na primeira parte do encontro passado algumas rotinas e a resolução de problemas, excetuando aquele ‘desmaio’ de cinco minutos que tivemos”, expressou Ivo Vieira, sobre uma vantagem de dois golos esbanjada em Vizela a caminho do intervalo.
O mercado de transferências, que fechou na quinta-feira, proporcionou 13 entradas e 10 saídas no Gil Vicente, resistente à cobiça em torno do goleador espanhol Fran Navarro e focado em “trabalhar, valorizar e melhorar a cada dia” os atletas que estão em Barcelos.
“Não gosto de me lamentar sobre aquilo que tenho ou não tenho. Mesmo em clubes de dimensão enorme internacional, todos os treinadores querem sempre melhores opções e resultados. Não fugimos à regra, mas acredito muito no processo e naqueles que temos. Entrando ou saindo muitos, há uma simbiose no clube e trabalhamos para o estabilizar, sem entrarmos em loucuras nem aventuras e sabendo para aquilo que vamos”, avaliou.
O Gil Vicente, 12.º colocado da I Liga, com cinco pontos, recebe o campeão nacional FC Porto, terceiro, com nove, no sábado, às 20:30, no Estádio Cidade de Barcelos, em jogo da quinta ronda, com arbitragem de João Pinheiro, da associação de Braga.
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