O presidente da FIFA, Gianni Infantino, desejou hoje que o recém-eleito presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Pedro Proença, utilize o seu conhecimento, liderança, paixão e experiência para causar um impacto positivo no desenvolvimento da modalidade.

“Espero que o seu conhecimento, liderança, paixão e experiência tenham um impacto positivo no desenvolvimento do futebol em Portugal. O Pedro e a sua equipa têm uma grande oportunidade de trabalhar sob as fantásticas bases que foram deixadas pelos dirigentes anteriores”, expressou, numa mensagem de vídeo exibida na cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais, realizada na Cidade do Futebol, em Oeiras.

Gianni Infantino destacou ainda o “muito bom trabalho” de Fernando Gomes durante os três mandatos que cumpriu, desde 2011, e apontou a organização do Mundial2030, juntamente com Espanha e Marrocos, como um dos grandes desafios da nova direção.

“Entre muitas outras coisas, temos pela frente a organização do Campeonato do Mundo da FIFA em 2030, juntamente com Espanha e Marrocos. Sabemos do enorme potencial que o futebol tem em Portugal. Podem contar com o meu apoio pessoal e com a organização da FIFA para atingir os objetivos da FPF. As nossas portas estarão sempre abertas para falarmos da promoção do desporto e dos seus valores”, realçou.

Em representação do presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, Thierry Favre marcou presença na cerimónia e subiu ao palco para destacar a “imensa paixão pelo jogo” de Pedro Proença, mostrando-se confiante na prosperidade futura do futebol português.

“O Pedro tem imensa paixão pelo jogo e é parte integrante do mundo do futebol há já muitos anos. Estamos confiantes de que, sob a sua liderança, o futebol português irá continuar a prosperar. Estamos desejosos de elevar o futebol português nos próximos anos. Tenho a certeza de que a UEFA será uma colaboradora estreita, parceira da FPF e poderá contar com qualquer apoio necessário”, sublinhou o diretor-adjunto da UEFA.

Thierry Favre lembrou ainda os “novos patamares” que o futebol português atingiu na liderança de Fernando Gomes e o orgulho sentido na organização europeia do futebol por ver todas as ambições tornadas realidade e pela construção da Cidade do Futebol.

“Quando o Fernando assumiu o cargo, a ambição era clara: não só dar continuidade, mas também criar bases para futuros jogadores de futebol. Hoje estamos orgulhosos, à luz dessas ambições que se tornaram realidade. A seleção teve uma época de ouro e é um dos gigantes do futebol mundial. Uma das contribuições mais duradouras será a criação da Cidade do Futebol, projetada para formar as próximas estrelas do futebol. É o símbolo da sua visão de futuro e compromisso com o futebol português”, enalteceu.

O gestor e antigo árbitro internacional Pedro Proença, que comandava a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) desde 2015, somou 62 votos (75%) entre os 84 delegados participantes nas eleições da FPF, contra 21 (25%) do advogado Nuno Lobo, líder da Associação de Futebol de Lisboa (AFL) nos últimos 13 anos, havendo ainda um voto em branco.

Proença, de 54 anos, estava a cumprir o terceiro e derradeiro mandato na LPFP, até 2027, mas despediu-se formalmente dos clubes na sexta-feira, em Assembleia Geral no Porto.

De saída da FPF está o economista Fernando Gomes, que foi empossado pela primeira vez em 17 de dezembro de 2011 e finalizará o terceiro e último mandato permitido por lei, numa altura em que é candidato à presidência do Comité Olímpico de Portugal (COP), tendo pela frente os ex-secretários de Estado do Desporto Laurentino Dias e Alexandre Mestre.