O Sporting totaliza 15 derrotas na temporada futebolística 2019/20, marca que iguala os seus piores registos de sempre, de 2000/01 e 2012/13, e está em ‘suspenso’ desde março, devido à pandemia de COVID-19.

Sob o comando do holandês Marcel Keizer, do interino Leonel Pontes, de Jorge Silas e de Rúben Amorim, os ‘leões’ disputaram 38 jogos e têm mais 10 por realizar, correspondentes às últimas rondas da I Liga, que será retomada na quarta-feira.

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A formação de Alvalade já caiu da Liga Europa (nos 16 avos de final) e da Taça de Portugal (terceira eliminatória), ficou-se pelas meias-finais da Taça da Liga, conquistada pelo Sporting de Braga, e é, presentemente, quarta no campeonato.

O título, que não conquista desde 2001/02, já só é uma possibilidade matemática – com o Benfica a 17 pontos e o FC Porto a 18 – e, nas últimas 10 rondas, o objetivo passará por não sofrer qualquer desaire, sendo que ainda falta o Dragão e a Luz.

Para conseguir manter-se até ao fim nos 15 desaires, o Sporting ‘roubou’ - com a ‘ajuda’ de 10 milhões de euros - o treinador Rúben Amorim ao Sporting de Braga, pelo qual o técnico luso não perdeu nas provas nacionais (10 vitórias e um empate).

A época 2019/20 no Sporting arrancou com Keizer, que começou da pior forma, ao ser goleado por 5-0 pelo Benfica, na Supertaça, no Algarve, para acabar por sair após o desaire caseiro por 3-2 face ao Rio Ave, na quarta ronda da I Liga.

Para suceder ao holandês, a escolha recaiu em Leonel Pontes, numa decisão a tentar ‘replicar’ o Benfica de Bruno Lage, em 2018/19, mas os resultados não corresponderam, com desaires no reduto do PSV (2-3), para a Liga Europa, e nas receções a Famalicão (1-2), para o campeonato, e Rio Ave (1-2), para a Taça da Liga.

Assim, chegou Jorge Silas, que assinou em 27 de setembro de 2019 e ‘aguentou-se’ cerca de cinco meses, ‘desistindo’ depois do desaire por 4-1 no reduto do Basaksehir, após prolongamento, que ditou o adeus à Liga Europa.

Antes, o treinador que começou a época no Belenenses SAD, sendo muito cedo destituído, já tinha somado oito derrotas, algumas bem dolorosas, nomeadamente a primeira, no reduto do Alverca (0-2), do terceiro escalão, para a terceira ronda da Taça de Portugal.

Silas também perdeu na receção aos outros ‘grandes’ – 1-2 com o FC Porto e 0-2 com o Benfica – e duas vezes, no espaço de cinco dias, com o Sporting de Braga, na ‘pedreira’, para as meias-finais da Taça da Liga (1-2) e para a 19.ª ronda da I Liga (0-1).

A fechar, e já com a situação sentenciada, em 03 de março, o técnico de 43 anos comandou o Sporting à 15.ª derrota da época, em Famalicão (1-3), na ronda 23 do campeonato.

Sucedeu-lhe Rúben Amorim, que, na estreia, em 08 de março, venceu por 2-0 na receção ao lanterna-vermelha Desportivo das Aves, cedo reduzido a nove unidades, conseguindo, para já, adiar a 16.ª derrota, que superaria as 15 de 2000/01 e 2012/13.

Em 2000/01, na ressaca de um cetro que colocou um ponto final numa ‘seca’ que durava desde 1981/82, o Sporting não fez uma má época, sendo terceiro no campeonato, semifinalista da Taça de Portugal e vencedor da Supertaça, face ao FC Porto, ‘tombando’ ainda na fase de grupos da ‘Champions’.

Ainda assim, e em 49 encontros, os ‘leões’ perderam 15 vezes, sete sob o comando de Augusto Inácio, que depois do título de 1999/00 foi despedido após um 0-3 na Luz, à 13.ª ronda da I Liga, uma com o interino Fernando Mendes e sete com Manuel Fernandes.

A segunda temporada com 15 derrotas, nos 42 jogos de 2012/13, foi bem mais negativa, com o sétimo lugar na I Liga, a 36 pontos do campeão FC Porto, em 30 jornadas, e as eliminações na fase de grupos da Liga Europa e da Taça da Liga e na terceira ronda da Taça de Portugal, no reduto do Moreirense.

Para a ‘hecatombe’ contribuíram quatro treinadores, com Ricardo Sá Pinto a somar as duas primeiras derrotas, Oceano Cruz as duas seguintes, o belga Frankie Vercauteren mais seis e Jesualdo Ferreira as derradeiras cinco.

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