O treinador Henrique Calisto definiu hoje como prioridades no seu regresso ao Paços de Ferreira analisar o que correu menos bem e juntar todos no objetivo de ultrapassar as dificuldades para garantir a permanência na Liga portuguesa de futebol.
Durante a conferência de apresentação como novo técnico da equipa, o técnico, de 58 anos, lembrou que «o objetivo é ganhar e ganhar o mais rápido possível», considerando que «há potencial para dar a volta», com base na análise que já fez do plantel e dos jogos que viu da equipa.
«Vamos fazer uma análise clara do que correu menos bem, ver as deficiências que temos e ponderar se podemos fazer algumas contratações na reabertura do mercado, e juntar as pessoas para que todos possamos ultrapassar estas dificuldades», disse.
Henrique Calisto garantiu ter o conhecimento suficiente da equipa e do futebol português para ter aceitado o convite, que assumiu ainda como «uma aposta pessoal», relativizando o facto de ter passado os últimos 11 anos a treinar no estrangeiro.
«Nenhum treinador [português a trabalhar no estrangeiro] se pode dissociar do fenómeno do futebol em Portugal. Como é que se faz? Abrir o computador e ler os jornais. Essa é uma rotina diária e, sempre que possível, ver jogos. Se visse que não tinha esse conhecimento suficiente, não aceitava», explicou.
Desafiado a comparar a realidade atual do clube com aquela que conheceu há 11 anos na Mata Real, antes de rumar ao Vietname, Henrique Calisto não teve dúvidas em afirmar que «o Paços melhorou muito em termos de estruturas e organização», mas, «mais importante ainda, é ter mantido a sua alma».
Para o presidente do Paços de Ferreira, Carlos Barbosa, Henrique Calisto «foi a solução que o Paços de Ferreira pretendia», explicando a demora no anúncio do sucessor de Luís Miguel com a necessidade «pensar com muita ponderação a questão do novo técnico».
«Achámos que tínhamos de pensar bem, não podíamos errar e, como tal, demorámos mais», concluiu, minutos antes de Calisto orientar o primeiro treino da equipa.
Henrique Calisto, com contrato válido até ao final da época, vai liderar uma equipa técnica formada por Lemos, Paulo Sousa, ex-capitão do Paços de Ferreira, e Pedro Correia, que continua responsável pelo treino dos guarda-redes e que, interinamente, assumiu com Manuel Sousa os trabalhos da equipa após a saída de Luís Miguel.
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