O dérbi da noite passado colocou fim a um jejum de nove anos do Sporting, no que às vitórias para a Liga em casa frente ao Benfica diziam respeito: depois da vitória em 2012, graças ao golo de Wolfswinkel, Matheus Nunes foi o responsável pelo golo da vitória que, além dos preciosos três pontos, garantiu outros registos históricos.

Com a vitória na passada segunda-feira, o Sporting passou a somar 42 pontos no topo da tabela, a melhor pontuação do clube à 16.ª jornada em 72 anos. Os dados são mostrados pelo 'Playmakerstats' que revela que, melhor do que esta época, só nas épocas de 1946/1947 e 1939/1940 em que o leão somava 45 e 43 pontos, respetivamente.

Do outro lado da barricada, o cenário não é tão positivo. Há 70 anos que o Benfica não estava tão longe de um Sporting líder do campeonato. Os nove pontos de atraso, só encontram semelhante na longínqua época de 1950/1951, em que os leões começaram a cavar desde cedo um fosso para as águias, sendo que o mesmo começou a medir nove pontos à 10.ª jornada dessa edição do que na altura que chamava de Campeonato Nacional da I Divisão (diminuiu na jornada seguinte, mas voltou aos nove pontos na 12.ª e não parou de aumentar).

Nessa temporada, o Sporting sagrou-se campeão nacional com 45 pontos (vitória valia dois pontos), mais 15 que o Benfica, no 3.º lugar.

Olhando para a história mais recente, o panorama não melhora: há 13 anos que as águias não voavam a 13 pontos do líder do campeonato, algo que aconteceu por nove vezes na história do clube, sete das quais no último quarto de século. Outro pormenor relevante: nunca uma equipa com nove pontos de distância para a liderança foi campeã nacional.

Esta é a história que a história dos dérbis acrescenta ao filme do jogo da última segunda-feira. O próximo capítulo está marcado para maio, na penúltima jornada da I Liga 2020/2021. Que história contará a competição nessa altura? É esperar para ver.