A Guiné-Bissau é «uma mina de ouro de jogadores», como o jovem talento Bruma, classificou Paulo Torres, antigo jogador do Sporting, apresentado hoje como novo técnico e coordenador de todo o futebol do Sporting da Guiné-Bissau.
Paulo Torres já colaborava com a equipa da capital guineense há quatro épocas e desta vez assinou para ficar no país por uma época, com mais duas de opção.
O Sporting Clube da Guiné-Bissau (SCGB) foi segundo classificado da primeira divisão do país na última época.
O salário do treinador português vai ser pago através da Super Stadium, uma empresa portuguesa que gere carreiras desportivas e que em contrapartida vai agenciar os talentos que sejam descobertos no SCGB, explicou à agência Lusa o presidente do clube, Hussein Farath.
Ao clube cabem as despesas de alojamento do técnico.
Numa apresentação em que foi recebido em festa, Paulo Torres apontou como objetivo «formar» jogadores e «ajudar a que, de uma vez por todas, os jogadores que saiam do Sporting [Clube da Guiné-Bissau] tenham um contrato de formação».
«À medida que os jogadores saiam para a Europa, o SCGB terá que ter retorno financeiro, assim como a federação de futebol terá que ter o seu retorno. O meu objetivo é ajudar a Guiné-Bissau», referiu.
Questionado pela agência Lusa sobre o diferendo entre o Sporting de Portugal e o jogador guineense Bruma, Paulo Torres não acredita que a situação possa prejudicar as relações da Guiné-Bissau com o mundo do futebol internacional.
«Bruma é um diamante que o Sporting preparou» e que Paulo Torres acredita que continuará de "leão" ao peito.
«Não acredito que essa relação possa vir a dar problemas no futuro, porque a situação do Bruma vai se resolver e de certeza que vão aparecer mais Brumas», referiu.
O técnico sublinhou que «o Sporting [Clube de Portugal] tem 18 jogadores guineenses a viver na sua academia» e destacou o facto de cinco jogadores com origem na Guiné terem sido selecionados para o último campeonato de futebol de sub-20.
«Será que não é possível a Guiné ter uma equipa de sub-20 no mundial e disputar o título?», questionou Paulo Torres.
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