A GNR anunciou hoje a abertura de um processo de inquérito para esclarecer a atuação dos seus militares após a agressão a um repórter de imagem da estação televisiva TVI, depois do Moreirense-FC Porto, da I Liga de futebol.
“Atendendo às várias dúvidas levantadas no espaço público, colocando em causa a atuação da guarda, e no sentido de promover, com total transparência e rigor, o cabal esclarecimento das circunstâncias inerentes à atuação dos militares na situação em apreço, foi determinada a abertura de um processo de inquérito a correr pela Inspeção da Guarda”, refere a GNR em comunicado.
Após o encontro da 29.ª jornada da I Liga, disputado na segunda-feira, que terminou empatado 1-1, um jornalista da TVI foi agredido nas imediações do estádio do Moreirense, de acordo com imagens transmitidas pelo próprio canal de televisão.
A GNR esclarece que atuou devido a um pedido de auxílio do repórter e que foram identificados os envolvidos.
“A atuação da guarda surgiu na sequência de um pedido de auxílio por parte de um operador de câmara de um órgão de comunicação social, tendo, nesse alinhamento, identificado os intervenientes na situação e os factos sido remetidos para o Tribunal Judicial de Guimarães”, acrescenta o documento.
O presidente do PSD, Rui Rio, considerou na terça-feira “intolerável” a alegada “inação dos elementos da GNR” durante a agressão ao repórter de imagem da TVI, referindo que deveria haver um processo de averiguações.
Também na terça-feira, além da TVI, várias entidades, como a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), o Sindicato dos Jornalistas (SJ), a Associação dos Jornalistas de Desporto (CNID), a Associação Nacional de Agentes de Futebol (ANAF) e a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), juntamente com os clubes Sporting e Benfica, repudiaram a agressão.
O Ministério Público já anunciou a abertura de um inquérito ao caso.
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