O antigo futebolista internacional português Paulo Futre elegeu o Sporting como verdadeiro campeão da primeira volta da Liga portuguesa de futebol, pelo lugar que ocupa depois de “um ano horrível”.
“Achei espetacular (a primeira volta) pelo equilíbrio que há entre as três equipas, espetacular porque o Sporting voltou aonde tem de estar, voltou a ser respeitado, não só em Portugal, mas em todo o mundo, depois de um ano horrível, um dos mais horríveis da sua história”, começou por dizer à Lusa.
Futre, que representou os três “grandes” durante a sua carreira, confessou que, mais que o título de “campeão de inverno” conquistado pelo Benfica, fica-se pela época de “grande trabalho” dos “leões”.
“Era normal o FC Porto e o Benfica estarem nesta posição. Agora, se tenho de dar uma nota positiva, é para o Sporting. Ninguém diria em agosto, antes de começar o campeonato, que o Sporting em janeiro ia estar nesta situação, depois do ano horrível que teve, depois de mudar praticamente uma equipa, ou melhor, fazer uma equipa nova, com novo treinador, nova direção. Era impossível pensar que Sporting poderia estar nessa situação”, resumiu.
O antigo futebolista defendeu que o Benfica tem vindo “de menos a mais”, apesar de não estar a demonstrar “um grande futebol”.
“Houve jogos em que os adeptos do Benfica tinham de estar contentes, porque jogavam mal e ganhavam. Pior era impossível e aí está a prova: o Benfica a crescer e em primeiro lugar no campeonato. Não fez uma primeira volta boa, em termos de futebol, muito parecido com o FC Porto, com muitos altos e baixos”, explicou.
Futre reconheceu que o FC Porto o desiludiu “em alguns jogos”, mas sobretudo na Liga dos Campeões, mas recordou que “não é fácil substituir o Moutinho e o James”.
No entanto, na sua opinião, o maior problema dos “dragões” são os “muitos erros defensivos”, que não são habituais no FC Porto.
No lote das desilusões apontou também o Olhanense, pela mudança de treinadores – a contagem já vai em três -, elegendo o Estoril como destaque pelo “trabalho excelente”.
O ex-futebolista, que apontou o sportinguista Fredy Montero como surpresa do campeonato, “porque não é fácil um jogador que vem de outra liga jogar e vencer”, acredita que nenhum dos três “grandes” é claro favorito a vencer o campeonato, repartindo o favoritismo pelos três.
“Adorava que dentro de 14 ou 15 jogos, o campeonato estivesse como estava antes desta jornada, com os três empatados. Seria ótimo para o futebol português”, revelou.
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