Paulo Futre considera que a sua ida para o FC Porto, em '85, foi decisiva na sua carreira, numa altura em que estava a caminho da Académica de Coimbra.

"Eu ia para a Académica... Com todo o respeito pela Académica, o clube dos estudantes, mas era a Académica. Os meus amigos mais íntimos, sabendo como eu era com os meus 18 anos, dizem-me que nunca conseguia [chegar onde cheguei] se não tivesse ido para o FC Porto. Porque com todos o respeito às meninas, às senhoras e à minha mãe e às mulheres, eu ia para uma cidade universitária, tinha 18 anos, era solteiro... Se não tivesse a estrutura do FC Porto como tive como é que eu ia conseguir jogar todos os domingos a 100% fisicamente? Acho que a motivação não seria a mesma e se não tivesse ninguém a meter-me na linha podia-me perder", disse, em entrevista nas redes sociais do FC Porto, no âmbito da iniciativa "FC Porto em casa".

Instado à explicar a expressão que utilizou numa entrevista, em que revelava que o FC Porto o tinham ensinado "até a fazer amor", Futre deu os detalhes da 'tática' usada na altura e que seguiu durante o resto da carreira.

"Foi o professor João Mota, depois os meus colegas faziam a mesma coisa, Frasco, André: era não fazer amor, ou sexo, como quiserem chamar, dois dias antes de um jogo. Se o jogo era a um domingo, à sexta e ao sábado já não fazia. A última vez que fazia era à quinta-feira. O jogo era ao domingo, fazia logo naquela noite, na segunda, na terça, talvez descansasse na quarta, fazia na quinta. Fazia quatro vezes por semana e não três. O mais curioso é que fiz sempre isto até ao último dia da minha carreira",  explicou.