O presidente do Sporting, Frederico Varandas, reconheceu hoje que a época de futebol 2022/23 “não correu bem” e assumiu que a equipa tem de ser “mais eficaz” na próxima época.
“É uma época que, do ponto de vista desportivo, não correu bem. Tínhamos expectativas de estar nos dois primeiros lugares, mas este ano não o conseguimos”, assumiu Frederico Varandas, em entrevista à Sporting TV.
Numa análise à prestação da equipa orientada por Rúben Amorim, que terminou a I Liga em quarto lugar, atrás do campeão Benfica, do FC Porto e do Sporting de Braga, o líder dos 'leões' destacou ainda que não houve “falta de qualidade”, mas sim de “eficácia”.
“[Foi] uma equipa que não conseguiu materializar a qualidade de jogo, que foi muito boa. Este foi o ano [entre os últimos três] que a equipa rematou mais, teve mais posse de bola, mais cantos, mais ações na área adversária, mas isso não se materializou. Não fomos eficazes e isso pagou-se muito caro”, assumiu.
Por isso, questionado diretamente sobre o que terá de “mudar” na próxima época, Varandas voltou a insistir que os ‘verde e brancos’ têm de ser “mais eficazes” e aproveitou para destacar que “não há ninguém melhor” do que o treinador Rúben Amorim para alcançar esse objetivo.
“É o homem certo para continuar à frente do nosso grupo. Não estávamos habituados a ter um treinador há quatro anos no Sporting e a dizer que está feliz no clube. É verdade que tem tido interesse de vários grandes clubes europeus, mas está muito bem onde está e estamos muito felizes de o ter”, revelou o presidente do Sporting.
Nesse sentido, em relação aos objetivos da equipa de futebol para a época que se avizinha, Varandas apontou ao título, mas assumiu que “hoje o rumo desportivo do Sporting” passa por terminar o campeonato “nos dois primeiros lugares”.
“O objetivo é, obviamente, ser campeão, porque temos de ter sempre essa ambição. Mas o nosso objetivo realístico é sempre ficar nos dois primeiros lugares”, apontou.
Sobre outros temas na ‘ordem do dia’ do Sporting e do futebol português, Frederico Varandas assumiu estar “muito contente” com a proposta da Federação Portuguesa de Futebol para separar a arbitragem numa estrutura independente e lembrou que “tem de haver coragem para o fazer”.
Quanto aos aumentos salariais da administração da SAD, num ano em que, como o próprio assumiu, o Sporting não alcançou os objetivos, o presidente disse que respeita e entende “todas as críticas”, mas insistiu que a sociedade tem de seguir “as melhores práticas”.
“Eu não quero saber se o presidente é o Frederico Varandas, o A, o B ou o C. O Sporting clube é detentor da maioria da SAD e é obrigação dessa SAD ter as melhores práticas de mercado. Isso é o que exijo enquanto presidente”, defendeu.
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