Depois da derrota por 3-2 em Arouca, o FC Porto já se tinha pronunciado sobre a arbitragem da equipa liderada por Nuno Almeida, com fortes críticas a atuação do VAR. Agora, através do seu diretor de comunicação, o emblema portista volta a lamentar o que considera serem os constantes erros de arbitragem em seu prejuízo ao longo dos últimos anos.
Para Francisco J. Marques, em declarações no programa Universo Bancada, do FC Porto, ficou por assinalar uma grande penalidade a favor do FC Porto.
"Inexplicavelmente, ficou por marcar um penálti a favor do FC Porto. Um lance em que parece evidente que é muito difícil para o árbitro, pelo posicionamento dos jogadores, mas o Galeno sofre um empurrão. Para o árbitro é muito difícil vislumbrar, porque está de frente, mas o VAR tem a obrigação de auxiliar o árbitro, é um caso perfeito em que o árbitro necessita da ajuda do árbitro de gabinete, que está a ver na televisão. Há imagens em que se vê Galeno a sofrer ruma carga nas costas e o VAR não diz nada, é inaceitável.
Para o dirigente portista, a suposta injustiça estende-se a outros jogos.
"Aconteceu recentemente no jogo do Bessa, num lance em que Eustáquio foi carregado pelas costas. Não era fácil para árbitro de campo, mas o VAR mais uma vez não interveio e o empurrão não foi assinalado, e já tinha acontecido no jogo de Guimarães, numa falta evidentíssima sobre o Pepe. Um penálti do tamanho do Mundo que o árbitro não assinalou. Estranhamente, na semana passada, o VAR Fábio Melo sinalizou mal e mostrou imagens que davam a ideia de que não era penálti sobre Evanilson. Estamos perante um comportamento irregular e sucessivo, há um padrão na videoarbitragem em prejuízo do FC Porto."
Para J. Marques, o FC Porto nos últimos anos tem sido mais prejudicado em Portugal pelas decisões de arbitragem.
"Quando o Benfica jogou em Chaves, Langa esticou a mão e deu um toque suave na face de João Neves e foi logo penálti. Ontem, o Toni Martínez levou um toque na clara, as imagens não são claras, mas dá para perceber. À luz da jurisprudência, se em Chaves é grande penalidade, este toque é mais forte do que o toque que João Neves tinha sofrido em Chaves. Há um tratamento diferenciado. Há dois anos, dizem os analistas, o FC Porto foi a equipa mais prejudicada pelas arbitragens. Na época passada foi o mais prejudicado e este ano volta a ser. Por que razão é sempre o mesmo clube a ter mais prejuízo no futebol português? Só neste último mês a quantidade de pontos hipoteticamente tirados ao FC Porto. São prejuízos muito graves."
As críticas estendem-se ao árbitro Luís Godinho, juiz do Vitória SC-Benfica, do passado domingo.
"O senhor Luís Godinho há de acabar a carreira sem se estrear nos cartões vermelhos a jogadores do Benfica, porque é isso que ele tem feito. Convém recordar, porque é verdade, que a época começou com o FC Porto-Benfica da Supertaça e o João Neves no início da segunda parte tinha de também ter levado o segundo cartão amarelo e não levou numa altura em que o jogo estava empatado.
O senhor Luís Godinho é useiro e vezeiro (...) O senhor Luís Godinho expulsa jogadores ao ir de costas e chocar com eles, expulsa jogadores por rematarem à baliza, mas isso são jogadores com a camisola do FC Porto, porque jogadores do Benfica já ficou aqui evidente que não expulsa (...)
Um árbitro que tem esta folha de serviços, o FC Porto-Benfica, no Dragão, foi vergonhoso com sucessivos lances de vermelho e não expulsou nenhum jogador do Benfica, mas expulsou o Taremi, o Luis Díaz, o Danilo. João Neves não foi expulso por segundo cartão amarelo na Supertaça, Florentino não foi expulso agora [em Guimarães], isto é um padrão e não pode haver padrões destes na arbitragem, é inaceitável"
Noutro âmbito, o diretor de comunicação visa a justiça portuguesa, dando o exemplo de Rui Pinto.
"Rui Pinto esteve recentemente em Paris para depor como testemunha para auxiliar as autoridades francesas, alemãs, belgas, holandesas e alemãs, em toda a vasta informação do 'Football Leaks'. Isto acontece só agora porquê? Porque ele esteve impedido durante cinco anos de o fazer pela Justiça portuguesa. A mesma Justiça que não foi capaz de estabelecer ligação entre César Boaventura e o Benfica, entre Paulo Gonçalves e o Benfica, impediu que Rui Pinto não pudesse ajudar as autoridades desses países todos. Isto é de deixar qualquer pessoa perplexa."
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