Depois de uma primeira parte de luta e sem nota artística, o Sporting cresceu depois do intervalo a tempo de bater o Boavista por 3-1, em jogo da 14.ª jornada da I Liga. Coentrão deu uma ´cabeçada` na falta de qualidade na primeira parte, após bailado de Podence. O resto foi obra do ´caça` holandês Bas Dost, que bisou no encontro, sempre com Mathieu nas jogadas. Mateus reduziu para os de Jorge Simão. A equipa de Jesus vai ficar na liderança isolada da prova, ainda que à condição, colocando assim pressão no FC Porto, que fica obrigado a vencer o Vitória de Setúbal para igualar os ´leões` no ´trono` da Liga.
Primeira parte de muita luta e pouco futebol
Naquele que já foi um dos grandes ´clássicos` do futebol português, o Sporting foi até ao Bessa para ´atacar` a liderança isolada da Liga, deixando assim a pressão para o FC Porto. Jorge Jesus fez muitas alterações no onze, em relação à equipa que perdeu a meio da semana com o Barcelona para a Liga dos Campeões. A grande novidade foi mesmo o facto de Acuña ter ficado no banco. Já Jorge Simão entrou em campo sem um avançado de referência, jogando com Rochinha livre na frente.
Já sabendo também da vitória do Benfica na receção ao Estoril, a equipa de Jorge Jesus sabia que não havia margem para erro. Mas não foi nada fácil.
Com uma equipa muito musculada no meio e sem referência na frente, a formação de Jorge Simão ia tapando todos os caminhos para a sua baliza. Cada bola era disputada como se fosse a última, a fazer lembrar o velho ´Boavistão` de Jaime Pacheco. No entanto, apesar de a equipa estar a criar lances de perigo, continuava a faltar uma referência na área. As incursões de Kuca na direita e Rochinha pelo meio iam deixando Jesus desconfortável no jogo.
No lado do Sporting era Gelson quem tentava levar a equipa para a frente, com arrancadas, mas também com pormenores técnicos de alto quilate. A primeira parte viria a ser salva já nos descontos, por um golo de Fábio Coentrão. Bas Dost ganhou nas alturas e deu a Podence, a defensiva axadrezada perdeu-se nas marcações. O extremo bailou sobre Talocha antes de colocar a bola na cabeça de Fábio Coentrão ao segundo poste, para fazer o resultado dos primeiros 45 minutos.
Leão de ´cara lavada` e com outras ideias no 2.º tempo
Nos primeiros minutos do segundo tempo, Jesus viu um Boavista mais atrevido e teve de ir ao banco para arranjar soluções. Colocou Battaglia e Acuña em campo, nos lugares de Bruno César (saiu muito chateado) Podence, voltando ao 4-3-3, dando assim mais liberdade a Bruno Fernandes. O médio subiu no terreno e, com ele, a produção da equipa.
As mexidas tiveram consequências imediatas já que aos 63 minutos a formação leonina fez o 2-0 pelo seu goleador Bas Dost. O holandês quase que entrava com a bola para dentro da baliza, tal era a ´fome` de marcar, depois do cabeceamento de Mathieu ao poste. O lance nasce de um canto de Acuña. Só que três minutos depois o Boavista reduziu por Mateus (entrou para o lugar de Kuca), num lance em que o VAR confirmou a posição legal do angolano (no limite do fora-de-jogo). O lance nasce de uma asneira de Coates.
E quando se pensava que o jogo estava relançado, Bas Dost respondeu no minuto seguinte ao golo da ´Pantera`, num remate ao segundo poste após mais uma bola ganha de cabeça por Mathieu, depois de um canto. Reação forte do Sporting, a não dar muito tempo ao Boavista de pensar no empate.
Jorge Simão tentou resgatar a equipa, lançando Rui Pedro e Tahar para os minutos finais, mas o jogo era do Sporting. Jesus colocou Battaglia ao lado de William Carvalho, criando um ´tampão` à frente dos centrais, anulando o ataque axadrezado. Destaque apenas para uma defesa de Wagner a centro de Bruno Fernandes.
A vitória permite ao Sporting ficar isolado na liderança isolada da Liga com 36 pontos, ainda que à condição. Os ´leões` ficam com três pontos de vantagem sobre o FC Porto, que defronta o Vitória de Setúbal.
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