O presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol pronunciou-se esta quarta-feira sobre as falhas de comunicação entre o vídeo-árbitro e o árbitro do jogo entre Desportivo das Aves e Benfica, e criticou os dirigentes que usam a tecnologia como mais um factor para aumentar o clima de crispação no futebol português.
Em declarações à SIC Notícias, José Fontelas Gomes fez um balanço positivo da introdução do vídeo-árbitro nos jogos do campeonato, mas não deixou de criticar quem usa a tecnologia para atacar a própria arbitragem.
"O vídeo-árbitro não deveria ser fator de clivagem. A introdução dessa ferramenta foi para dar mais transparência ao futebol. Auxilia o árbitro na tomada de decisões, é um projeto que ainda está em crescimento e terá as suas falhas naturais", referiu Fontelas Gomes antes de comentar a falha técnica do vídeo-árbitro no jogo entre Desportivo das Aves e Benfica.
"Falhou a tecnologia, como falha o ser o humano. Não devia ser mais um fator de clivagem no futebol português, mas as pessoas usam tudo e mais alguma coisa para isso Se não a anunciássemos, ninguém ficaria a saber. Foi a única deste género em 7.290 minutos. Tivemos 30 minutos em que não utilizámos a ferramenta. Essas dificuldades que vão surgindo, vamos ultrapassando. No final da temporada teremos um saldo muito positivo como temos até agora nestas jornadas. 15 decisões foram revertidas e este foi dos inícios do campeonato com menos erros grosseiros que pudessem afetar a verdade desportiva", sentenciou.
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