A afirmação foi feita na Assembleia-Geral (AG) do Gil Vicente realizada na sexta-feira à noite, na qual Fiúza afirmou ser «triste ver os mais jovens ficarem quatro meses sem competição, pois os campeonatos terminam em maio», situação com a qual diz que a Direção da FPF «nunca se preocupou».
Depois de década e meia no poder, Gilberto Madaíl vai deixar a presidência da FPF no final do ano, uma vez que não se apresentou às eleições marcadas para 10 de dezembro, às quais concorrem duas listas, lideradas por Carlos Marta e por Fernando Gomes.
No final da AG, onde foram aprovadas as contas do clube, o líder gilista resolveu esclarecer os sócios sobre a recente decisão do Tribunal Central e Administrativo do Sul, que confirmou o acórdão do Tribunal Administrativo de Lisboa que dava razão ao Gil Vicente no chamado «Caso Mateus», que implicou a despromoção dos minhotos.
Os juízes consideram que o clube tinha o direito de recorrer a tribunais civis, por não se estar «no âmbito de questões estritamente desportivas», pelo que o Gil Vicente não deveria ter sido sancionado.
Por isso o Tribunal anulou a sanção aplicada pela FPF, que proibiu o Gil Vicente de participar na Taça de Portugal e nos campeonatos nacionais de Juniores A e C.
António Fiúza referiu ainda que nunca teve dúvidas sobre o caso, mas considerou ter havido pessoas «mal intencionadas, ou mal informadas, que prejudicaram o Gil Vicente».
O presidente gilista salientou mesmo que nessa altura o clube «esteve para acabar», justificando: «Existiram pessoas que, mesmo sabendo que tínhamos razão, tudo fizeram para nos prejudicar».
Relativamente à ação principal em curso nos tribunais, relativa à despromoção administrativa do clube à Liga de Honra, António Fiúza afirmou que «mais mês, menos mês, ela vai sair».
E, questionado por um sócio sobre «quem paga a indemnização» ao Gil Vicente, respondeu: «Teremos que negociar com a nova Direção da Federação, mas primeiro temos que esperar a decisão dos tribunais, que, acredito, nos vai ser favorável, tal como foi esta».
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