O médio Filipe Soares assumiu hoje que jogar com o irmão, Alex Soares, tem contribuído para se impor como titular no Moreirense, na temporada de estreia na I Liga portuguesa de futebol.
Após ter-se destacado pelo Estoril Praia na edição 2018/19 da II Liga, com três golos em 37 partidas, o jogador, de 20 anos, já apontou três golos em 25 jogos oficiais na presente época, mas lembrou que as "boas exibições" pelo emblema da vila de Moreira de Cónegos também se devem ao trabalho dos colegas de equipa e ao apoio de Alex Soares, outro dos médios do plantel, com 24 desafios já realizados.
"As minhas boas exibições são também fruto do trabalho dos meus colegas e de ter o meu irmão. Ele ajudou-me muito desde o início com aquele choque da I Liga, deu-me muitos conselhos e as coisas tornaram-se mais fáceis. Jogar ao lado do meu irmão tantos jogos seguidos é estranho, mas deixa-me confortável. O restante grupo é ‘cinco estrelas', o que me ajudou a ambientar à I Liga", disse, numa videoconferência promovida pelo Moreirense.
Confinado em casa há um mês e meio, juntamente com o irmão de 29 anos, devido à pandemia de covid-19, Filipe Soares confessou ainda que sempre teve o "sonho" de jogar com Alex, que viu sempre como o "melhor amigo", embora não pensasse que isso "iria acontecer tão cedo".
Satisfeito com a época "em termos individuais e coletivos", o jovem formado no Benfica realçou que a escolha do Moreirense para iniciar a carreira na elite do futebol português foi uma "mais-valia", tendo ainda assumido que o seu principal objetivo, para já, é ajudar a equipa do concelho de Guimarães a somar o "máximo de pontos possível" caso a época em curso seja concluída.
Quando o campeonato foi suspenso, em 12 de março, os ‘cónegos' atravessavam um ciclo de seis jogos sem derrotas, que ditou a subida ao oitavo lugar da tabela, com 30 pontos, mas Filipe Soares mostrou-se convicto de que a equipa pode voltar ao nível que estava a exibir, até porque as ideias do treinador Ricardo Soares "já estão assimiladas".
O médio frisou, aliás, que o técnico de 45 anos, contratado pelo emblema minhoto para substituir Vítor Campelos após a 14.ª jornada, em dezembro, tem contribuído para o seu crescimento, até pela forma como o trata.
"O ‘mister' é muito frontal. Mal ele chegou, teve uma conversa comigo a dizer as coisas boas e as coisas más [que eu tinha]. Tem-me ajudado muito. Sabe que sou jovem, mas trata-me como um homem, de forma igual aos outros colegas. Ao ouvir isso, fico com mais responsabilidade", descreveu.
Apesar de não ter uma opinião sobre a melhor opção a tomar quanto ao futuro do campeonato - cancelar a prova ou disputar as 10 jornadas que faltam -, o médio disse "continuar a treinar" com "muita vontade" de poder voltar a jogar.
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