O treinador Filipe Cândido afirmou hoje que estará “de corpo e alma” no Belenenses SAD, onde vai tentar perceber o potencial dos atletas e desenvolver as ambições do conjunto da I Liga portuguesa de futebol.
Na conferência de imprensa de apresentação nos ‘azuis’, substituindo no cargo Petit, o antigo ‘timoneiro’ da União de Leiria, da recém-criada Liga 3, apontou que o que o fez aceitar o convite do Belenenses SAD foi a crença na potencialização da equipa lisboeta.
“É um orgulho representar o Belenenses SAD nesta fase da minha carreira. Estarei de corpo e alma para continuar a desenvolver o que mais gosto de fazer, que é treinar. A minha maior preocupação é tentar perceber o potencial que os jogadores têm e estar mais perto de desenvolver as nossas ambições. A primeira premissa é entrar em cada jogo para o poder disputar e vencer”, sublinhou o técnico, de 42 anos, aos jornalistas.
Filipe Cândido iniciou a temporada ao serviço da União de Leiria, na segunda passagem pelo clube, intercaladas com uma experiência no Mafra, na II Liga, na última época, tendo também orientado o Salgueiros, os juniores do Paços de Ferreira e o Sousense.
Para o que resta da temporada, Filipe Cândido realçou que não tem, por norma, “olhar para a meta”, mas sim “para o caminho”, que é o que consegue controlar, abordando o estado de espírito que encontrou no balneário, perante a troca de comando técnico.
“Quando isto acontece, provoca alguma instabilidade natural na cabeça dos jogadores, mas a resposta tem sido fantástica desde o primeiro dia. Estão a querer mostrar que estão empenhados e a querer trabalhar, para irmos em conta aos objetivos da equipa e individuais de muitos jogadores, que ambicionam ir para outros patamares”, frisou.
A estreia no comando do 17.º e penúltimo classificado, com quatro pontos, ocorre na segunda-feira, na visita ao Boavista, oitavo, com 10, em jogo da nona jornada da I Liga, onde, sem tempo, Filipe Cândido está “focado no comportamento” que pretende “ver o mais rapidamente possível a equipa concretizar”, convicto de que será competitiva.
“Há um equilíbrio muito grande na valia das equipas. Cada equipa tem o seu potencial e todos os treinadores têm de ser capazes de tirar o melhor de cada jogador. Tenho a certeza de que vamos ser felizes na forma de jogar”, realçou o treinador, que lembrou também que “criar uma rutura com o que vinha a ser feito não é o mais aconselhável”.
O presidente do Belenenses SAD, Rui Pedro Soares, esteve ao lado de Filipe Cândido na conferência de imprensa e afirmou que o técnico foi a sua primeira e única opção para colmatar a saída de Petit, que foi efetuada “por comum acordo”, chegando a altura de “virar uma página” com duração de 21 meses, nos quais “quase tudo correu bem”.
“Comecei a ouvir falar dele como treinador ainda no Sousense. Fui vendo jogos das equipas que orientava, fui assistindo ao crescimento dele como treinador e foi a minha primeira e única opção. Felizmente, estava disponível e tinha vontade de treinar esta equipa. É um excelente treinador, que muitos ainda não conhecem. Sabemos a boa carreira que fez no Mafra, é um treinador moderno e vamos apresentar um futebol moderno. Com tempo, tenho a certeza de que os resultados vão aparecer”, expressou.
Rui Pedro Soares falou de um novo início no Belenenses SAD, já que, para além da mudança de treinador, também regressa ao Estádio Nacional, em Oeiras, após iniciar a época no Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria, para a troca de relvado.
“O trabalho [do Instituto Português do Desporto e Juventude] foi excecional, o relvado é absolutamente excecional e está pronto. O relvado do Estádio Nacional vai ser um sério candidato a ganhar o prémio de melhor relvado da I Liga”, assegurou o dirigente.
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