André Patrão, um dos elementos do movimento Dar rumo ao Sporting, disse hoje à Lusa que o ato eleitoral de sábado demonstrou a necessidade de mudança no clube e que todo o esforço nesse sentido valeu a pena.
«Ficou claro que tinha valido a pena até há um mês atrás, quando o engenheiro Godinho Lopes não se candidatou e apareceram três candidatos a criticar a anterior gestão. Logo aí ficou claro que o rumo tinha de ser diferente», afirmou André Patrão, um dos rostos do Movimento Dar Rumo ao Sporting.
Apesar de faltarem contabilizar alguns votos por correspondência, Bruno de Carvalho já festejou a eleição como 42.º presidente do Sporting, com 53,63 % por cento dos votos, derrotando José Couceiro (45,35 %) e Carlos Severino (1,02 %).
O Dar rumo ao Sporting surgiu através de dois jovens sócios do clube leonino, André Patrão e Miguel Paim, com o objetivo de requerer a realização de uma Assembleia-Geral (AG) para a destituição do Conselho Diretivo liderado por Luiz Godinho Lopes, angariando as assinaturas e o dinheiro necessários para a marcação da reunião magna, que acabou por não se realizar devido à renúncia dos órgãos sociais do clube.
«Agora, os sócios tiveram essa oportunidade e isso foi o fundamental deste ato. Além de ter sido escolhido o novo presidente, os sportinguistas tiveram um processo completo, no qual, por iniciativa própria, provocaram as eleições, foram votar e assim tiveram uma participação extremamente ativa nos destinos do clube. Esse era o nosso principal objetivo e felizmente concretizou-se», explicou.
André Patrão, apesar de lamentar a espera pelo anúncio dos resultados do sufrágio, destacou que «tudo correu bem» e que isso «é um indicador de confiança», tal como «a postura dos candidatos derrotados», considerando que também esse comportamento «é muito importante para que haja mais paz».
O agora simplesmente sócio do clube rejeitou que a iniciativa protagonizada pelo movimento possa servir de exemplo para o futuro, recordando que «foi a primeira vez que foi usada em quase 107 anos de história».
«Há uma noção do que é este último recurso, que não deve ser abusado, não é algo que se usa por haver um certo incómodo com um presidente. Foi algo ativado no pior momento desportivo e financeiro da história do Sporting, se não se usa nesta altura não sei quando se deve usar», disse.
Mas também «fica claro» que este recurso «não é para se usar constantemente. Foi a primeira e espero que seja a última também», concluiu.
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