O FC Porto venceu o Arouca esta noite por 0-1, em partida que encerrou a 31ª jornada da primeira liga. O golo de Ivan Marcano aos 44 minutos foi suficiente para garantir uma vitória que permite aos dragões manter vivas as aspirações de alcançar o primeiro lugar. Já o Arouca vê agora o seu quinto lugar mais ameaçado; os arouquenses têm agora apenas um ponto de vantagem relativamente ao Vitória SC.
Perante a desinspiração, só Marcano teve cabeça
Ambos os treinadores fizeram duas alterações nos respetivos onzes iniciais. No Arouca, Armando Evangelista fez entrar Milvanov e Soro para os lugares de Tiago Esgaio e Uri Busquets. Já Sérgio Conceição colocou Grujic no lugar do castigado Uribe e Galeno entrou para o lugar de Wilson Manafá, "obrigando" Pepê a recuar para a posição de lateral direito.
O FC Porto assumiu o controle da partida desde o apito inicial, procurando desmontar um Arouca muito compacto, remetido frequentemente ao seu meio-campo, à espera de um erro adversário para atacar a baliza de Diogo Costa.
Depois de várias tentativas de penetração através dos flancos, mormente através de Galeno e Pepê, a primeira oportunidade de golo surgiu através do corredor central; boa jogada de entendimento ao primeiro toque com Otávio a isolar Taremi que, na cara de De Arruabarrena, fez o chapéu, levando a bola a bater na barra.
Como que avisado por este lance, o Arouca reagiu e começou a chegar com mais frequência junto da área portista; aos 15 minutos Diogo Costa errou na saída de jogo e deixou a bola nos pés de Antony, o brasileiro amorteceu para Alan Ruiz mas o argentino não soube aproveitar a benesse. No minuto seguinte foi Antony a não chegar a tempo do cruzamento de Quaresma após boa jogada de entendimento pela esquerda.
O FC Porto tinha a iniciativa de jogo, mas mostrava-se incapaz de penetrar a bem organizada defesa do Arouca que ia tapando todos os caminhos para a sua baliza. Apesar de procurar insistentemente ultrapassar a muralha amarela do Arouca, através de deambulações pelos dois flancos, notava-se a incapacidade de criar desequilíbrios ou passes de rotura que proporcionassem lances de perigo.
Foi preciso esperar até ao minuto 41 para que os azuis-e-brancos voltassem a ameaçar as redes arouquenses; bola recuperada em zona avançada e Galeno a vir da esquerda para o meio e a rematar em arco para boa defesa de De Arruabarrena.
Todavia, os dragões acabariam mesmo por chegar à vantagem ainda antes do intervalo. Em cima do minuto 44 a bola sobrou para Otávio após um canto na esquerda; o internacional português cruzou e Iván Marcano mergulhou para fazer de cabeça o primeiro do jogo.
Um Arouca diferente, mas insuficiente
Ao contrário do que sucedera na primeira parte onde se remetiam para o seu meio-campo, o Arouca começou o segundo tempo a pressionar mais alto e a condicionar a saída de bola dos dragões. Os arouquenses mostravam-se mais agressivos, recuperavam mais bolas e chegavam mais vezes junto da área de Diogo Costa, sem que tal se traduzisse necessariamente em oportunidades de golo.
Esta postura do Arouca permitiu também ao FC Porto ter mais espaço para lançar ataques rápidos após furar as linhas de pressão arouquenses, principalmente através de Galeno; em três ocasiões o extremo teve tempo e espaço para definir contra-ataques portistas, acabando sempre por falhar no último passe.
Com o avançar do relógio, a equipa portista foi se adaptando às alterações táticas do Arouca, reconquistando o controle da partida, recuperando muitas bolas em zona ofensiva, criando lances de algum perigo junto da área da equipa da casa, mas sem conseguir transformá-los em oportunidades.
Armando Evangelista trouxe do banco Michel e Arsénio, para os lugares de Soro e Milovanov; o Arouca arriscava agora um pouco mais e passava a jogar em 4-4-2. As alterações procuravam dar mais acutilância ofensiva mas a perda de unidades no meio-campo permitiu aos dragões terem mais tempo e espaço para desenhar jogadas de ataque. Tais jogadas iam surgindo com frequência, faltando contudo mais objetividade na hora de definir.
Com o avançar do relógio, Sérgio Conceição resolveu controlar a partida e refrear o ímpeto final do Arouca, refrescando o meio-campo com as entradas de André Franco e Bernardo Folha, isto depois de Toni Martínez já ter entrado para o lugar de Evanilson.
Os comandados de Armando Evangelista iam tentando chegar junto da baliza portista mormente através de lançamentos longos e cruzamentos para junto da área, contudo a defesa portista mostrou-se intransponível.
Com esta vitória o FC Porto repõe a diferença de quatro pontos relativamente ao Benfica, já o Arouca tem agora apenas um ponto de vantagem na luta pelo quinto lugar.
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