O FC Porto apresentou ontem, segunda-feira, o Relatório e Contas referente ao primeiro semestre do exercício de 2023/2024. A SAD azul e branca teve um resultado positivo de 35 milhões de euros e capitais próprios ainda negativos, nos 8.5 ME.
No documento enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o clube azul e branco detalhou que a cedência de passes de jogadores contribuiu com 39 ME para o resultado deste primeiro semestre de 2023/24. Ora nesse período, a única venda realizada foi mesma a venda do luso-brasileiro.
Otávio foi vendido no final do mercado de verão de 2023 por 60 milhões de euros ao Al Nassr, da Arábia Saudita. A SAD azul e branca tinha de dividir a verba com o Coimbra Esporte Clube, do Brasil, emblema que detinha detinha 32.5 por cento do passe do atleta. O clube brasileiro encaixou 12.750 milhões de euros.
Ou seja, o FC Porto encaixou 47.25 milhões de euros com o negócio. No entanto, os azuis e brancos detalharam no Relatório e Contas que só 39 milhões de euros entraram nas contas do clube, como explicou Fernando Gomes. Os restantes 8.3 milhões de euros da venda (14% do total) terão sido gastos para pagar os encargos relacionados com o negócio (comissões).
Mas aquando da transferência de Otávio para o Al Nassr, o FC Porto comunicou que não tinha de pagar comissões do negócio, uma vez que os mesmos tinham sido pagos quando, em outubro de 2021, o médio renovou com os dragões até junho de 2025.
"A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD, nos termos do artigo 29º Q do Código dos Valores Mobiliários, vem informar o mercado que chegou a acordo com o Al-Nassr Football Club para a cedência, a título definitivo, dos direitos de inscrição desportiva do jogador profissional de futebol Otávio Edmilson da Silva Monteiro (“Otávio”) pelo valor de 60M€ (sessenta milhões de euros), deduzido do valor de solidariedade devido a terceiros. Mais se informa, que foram renegociados os direitos económicos do jogador que estavam na posse do Coimbra Esporte Clube (32,5%), passando estes para o valor fixo de 12.750.000€ (doze milhões setecentos e cinquenta mil euros). Adicionalmente informa-se que os encargos associados a esta transação já se encontravam imobilizados, aquando da renovação com o jogador em março de 2021", comunicou o clube à CMVM, a 22 de agosto de 2023.
Na altura, o FC Porto gastou cerca de 17 milhões de euros (16,9 ME) na renovação do médio, segundo o Relatório e Contas Consolidado da SAD azul e branca, enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A verba aparece explicada como "encargos adicionais".
No documento enviado à CMVM em 2021, a SAD azul e branca falava na "celebração e/ou renegociação de contratos de trabalho, nomeadamente no que se refere a prémios de assinatura no montante de 14.990.711 euros relativos, essencialmente, ao jogador Otávio". O restante montante dos 16,9 ME terão ido para o empresário.
Na altura, o caso deu muito que falar já que Israel Oliveira, empresário do atleta, garantiu ao 'MaisFutebol' que não houve lugar ao pagamento de qualquer prémio a Otávio e que "esse valor corresponde aos salários da renovação do contrato por quatro anos, cerca de quatro milhões brutos por época". Nessa altura, o FC Porto não explicou o caso.
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