O FC Porto divulgou, na noite de terça-feira, o Relatório e Contas consolidado relativo ao primeiro semestre de 2022/23. Na primeira metade da época, os Dragões apresentaram um resultado líquido negativo de 9,89 milhões de euros de 01 de julho a 31 de dezembro de 2022, abaixo dos 10,33 milhões de euros no período homólogo da última época.
Do Relatório e Contas enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), salta a vista a remuneração aos órgãos sociais do clube. Nos primeiros seis meses do ano, o clube gastou 2 966 837 euros na remuneração e prémios dos cinco elementos da SAD: Pinto da Costa, Fernando Gomes, Adelino Caldeira, Vitor Baía, Jorge Carvalho Guimarães e Luís Gonçalves.
O montante explica-se em parte, pelos prémios pagos aos administradores relativamente à participação na do clube na Liga dos Campeões. No mesmo período da época passada não foram pagos prémios aos administradores pela conquista da Taça e Campeonato, uma decisão que se entende pelo facto de o clube ainda estar, na altura, a cumprir o fair-play financeiro da UEFA.
O valor é quase o triplo do que o FC Porto tinha gasto no mesmo período de 2021/22, quando pagou 1 151 249 euros aos órgãos sociais. E é ainda mais do triplo gasto por Benfica e Sporting, juntos, no mesmo período. Os Encarados tiveram encargos no valor de 468 mil euros com os órgãos sociais no primeiro semestre de 2022/23, os Leões gastaram 447 mil euros para o mesmo período.
No Relatório e Contas consolidado relativo ao primeiro semestre de 2022/23, o FC Porto explica que houve um aumento nas remunerações dos atletas: passou de 27,6 milhões no primeiro semestre de 2021/22 para 34,9 milhões nos primeiros seis meses da época 2022/23.
Os Encargos com o pessoal subiram de 38,7 milhões para 51 milhões. Aqui incluem-se as remunerações salariais e os prémios pagos aos jogadores e equipa técnica pela conquista do campeonato, Taça de Portugal e ainda pela passagem aos oitavos de final da Liga dos Campeões.
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