O FC Porto emitiu um empréstimo obrigacionista no valor de 40 milhões de euros que terá a duração de três anos uma taxa de juro de 5,25%. Os contornos deste novo empréstimo foram explicados esta quarta-feira por Fernando Gomes, administrador da SAD do FC Porto, em declarações à televisão do clube, o Porto Canal.
"Se eu tenho obrigações do FC Porto hoje, sei que vou ser reembolsado em novembro de 2023. E aí, se quiser continuar a ser investidor, espero que o FC Porto lance um novo empréstimo, o que provavelmente, tudo leva a crer, vai acontecer. Mas como o que está no mercado neste momento tem um valor demasiado elevado e vence na mesma data, o que queremos é dar aos investidores a possibilidade de trocar as obrigações que vencem a 4,75% por novas obrigações que vencerão a 5,25%. Portanto, terão aqui um ganho de 0,5%. E, além do mais, darmos a quem queira substituir a possibilidade de terem um ganho à cabeça de mais 1%", justificou Fernando Gomes ao 'Porto Canal'.
Com este novo empréstimo, o FC Porto espera alcançar, no mínimo, 25 milhões de euros, montante que poderá servir para o clube fazer face aos problemas de tesouraria.
"Esperamos que esta oferta seja suficientemente atrativa para conseguirmos chegar aos 20/25 milhões de euros. Se conseguirmos que os possuidores de obrigações, até 25 milhões de euros, consigam fazer a troca, sobram 15 milhões que serão para fazer face a problemas de tesouraria, que no final da época são sempre pesados [...] Esta é a primeira vez que o FC Porto desenvolve uma operação deste tipo, ou seja, uma emissão que tem dois eixos. Uma parte será para o reforço de tesouraria e outra parte, maior, para prolongar o empréstimo anterior, reforçando os benefícios dos que entendem que o FC Porto é um investimento seguro. Até hoje, sempre foi e vai continuar a ser, porque este é o nosso ponto de honra", sublinhou o dirigente dos azuis e brancos à televisão do clube.
Apesar da crença no sucesso da operação, há sempre a possibilidade de o FC Porto não atingir os objetivos, algo que não preocupa Fernando Gomes.
"O que pode acontecer é que, se não chegarmos aos 25 milhões de euros de troca por parte dos investidores, fazendo por exemplo 20 milhões, podemos reforçar a liquidez no empréstimo que fazemos diretamente agora. Portanto, há sempre essa possibilidade, há sempre aqui uma intermutabilidade entre aquilo que é a liquidez do que precisamos e a troca que gostaríamos de fazer. Contudo, isto vai depender do próprio mercado e da perceção dos investidores nesta oferta", atirou.
O dirigente da SAD portista está confiante nesta operação até porque, segundo o próprio, só traz vantagens para os investidores.
"Estamos a falar de uma taxa de juro muito atrativa, de 5,25%, e estamos a falar de mais um prémio à cabeça de 1 por cento. Portanto, aquele que trocar fica com um bom investimento durante mais tempo do que o que tinha anteriormente e fica com um prémio que já não é mau", finalizou.
O FC Porto emitiu um empréstimo obrigacionista no valor de 40 milhões de euros que terá a duração de três anos, até 2025, e uma taxa de juro de 5,25%, anunciou o clube nortenho no seu site oficial, na terça-feira.
"A FC Porto SAD está a proceder à oferta pública e de admissão à negociação de obrigações, denominadas Obrigações FC Porto SAD 2022-2025, com valor nominal unitário de cinco euros e taxa de juro fixa de 5,25% ao ano no montante global inicial de até 40 milhões de euros", lê-se no site oficial dos ‘dragões’.
O montante inicial de 40 milhões de euros poderá ser aumentado por opção do FC Porto até dia 05 de abril "através do lançamento de uma oferta pública de subscrição em dinheiro dirigida ao público em geral e de uma oferta pública de subscrição mediante entrega de Obrigações FC Porto SAD 2021-2023".
Comentários