
O FC Porto venceu esta sexta-feira o Moreirense por 3-1, no jogo que inaugurou a 32ª jornada da Primeira Liga. Os dragões começaram mal a partida, mostrando muita passividade, de tal forma que sofreram o primeiro golo após a meia-hora.
Contudo, os comandados de Martín Anselmi conseguiu reagir, empatando antes do intervalo por Francisco Moura, e dando a volta ao marcador já na segunda parte, através de dois golos de Samu.
Com este resultado, os azuis e brancos voltam aos triunfos, subindo provisoriamente ao terceiro lugar do campeonato.
Cláudio Ramos foi oásis num deserto de ideias
Para este jogo, Martín Anselmi fez duas alterações em comparação com a equipa que começou diante do Estrela da Amadora. O castigo de Alan Varela levou o técnico portista a fazer subir Stephen Eustáquio para o meio-campo, promovendo a titularidade de Nehuén Pérez. Mais à frente, Samu regressou à frente de ataque, após três jogos no banco.
Do lado do Moreirense, Cristiano Bacci, ausente do jogo devido a pneumonia, fez duas mudanças no onze, por comparação com a partida diante do Nacional da Madeira. Dinis Pintos e Ivo Rodrigues entraram para os lugares de Gilberto Batista e Rúben Ismael.
Como seria de esperar, o FC Porto tomou conta da partida desde o apito inicial, jogando praticamente sempre em meio-campo ofensivo, perante um Moreirense compacto e a não dar muito espaço ao adversário no último terço.
Era apenas pelos corredores que os azuis e brancos conseguiam espaço para tentar chegar perto da baliza de Caio Secco, mostrando muitas dificuldades na hora de definir o desenho ofensivo. Aos onze minutos, Samu teve a primeira tentativa em ângulo muito apertado e que dificultou a finalização do espanhol.
A primeira jogada digna desse nome surgiu aos 17 minutos, começando na direita com João Mário, passando por Rodrigo Mora que serviu Francisco Moura para um cruzamento de primeira que acabou nas mãos de Caio Secco.
Os azuis e brancos tinham a bola, a iniciativa...mas não a inspiração. O Moreirense, apesar de passar a maior parte do tempo em posição defensiva, mostrava-se sempre muito confortável com o desenrolar da partida e com a incapacidade do adversário em desmontar o seu bloco defensivo.
Após a meia-hora o FC Porto conseguiu criar a sua primeira grande oportunidade, pelo jogador mais inconformado; Rodrigo Mora recebeu a bola à entrada da área e tentou o remate em arco, que parou no poste esquerdo da baliza do Moreirense.
Ato contínuo e, através do pontapé de baliza consequente, meia dúzia de passes em progressão pelo lado direito deixam Yan Maranhão dentro da área e o brasileiro não vacilou, inaugurando o marcador para o Moreirense logo no primeiro remate dos cónegos.
O golo bateu forte nas bancadas do Dragão, que não tardaram em mostrar a sua insatisfação perante aquilo a que assistiam, um clima que acabava por influenciar os jogadores portistas, claramente intranquilos.
Contudo, os comandados de Anselmi conseguiram mesmo chegar ao empate ainda antes do intervalo. Jogada de Fábio Vieira pela direita e o cruzamento do médio encontra Francisco Moura no segundo poste, com o ala a cabecear para o fundo das redes dos minhotos.
Mas quem esperava que os azuis e brancos se galvanizassem e partissem em busca da cambalhota no marcador enganou-se redondamente. Até ao intervalo, apenas Cláudio Ramos, com duas grandes defesas, impediu que os cónegos voltassem à posição de vantagem.
Apareceu Samu, apareceram os golos
Apesar das boas indicações dadas nos minutos finais da primeira parte, o Moreirense manteve a mesma postura no arranque da segunda, mantendo o bloco baixo, e permitindo ao FC Porto ter a iniciativa de jogo.
Contudo, com o avançar do relógio, os cónegos iam percebendo a facilidade que tinham em fugir à pressão portista e guardar a bola, permitindo assim subir um pouco mais o bloco em diversas ocasiões...o Moreirense controlava o jogo sem bola.
Para tentar contrariar esta situação, Anselmi lançou Gonçalo Borges e Tomás Pérez para os lugares de Pepê e Nehuén Pérez. Mas a situação não parecia ter sofrido grandes mudanças, até que, aos 68 minutos, um cruzamento de João Mário embate no braço de Maracás; grande penalidade assinalada e devidamente convertida por Samu, colocando o FC Porto pela primeira vez em vantagem.
O golo tranquilizou os dragões, que mostravam-se agora mais soltos e com mais espaço para jogar, derivado da subida natural do Moreirense no terreno. Todavia os cónegos já não conseguiam ser tão eficazes na definição e transição ofensiva, agora melhor controlada pelo FC Porto.
A equipa da casa conseguiu mesmo por um ponto final da partida aos 78 minutos; Rodrigo Mora viu um espaço que mais ninguém viu, entrou pela esquerda e serviu Samu que fez-se valer da sua capacidade física para ganhar posição e finalizar da melhor maneira.
Até final, e com o jogo já resolvido, os dragões continuaram por cima, limitando-se a controlar a partida até ao seu término.
Com este triunfo, o FC Porto sobe ao terceiro lugar da classificação, com 65 pontos, mais um que o SC Braga, que tem menos um jogo. Já o Moreirense mantém o 10º lugar, podendo ser alcançado nessa posição no final da ronda.
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