O FC Porto operou a reviravolta na receção ao Vizela (4-1) e conseguiu triunfar no encontro da 26.ª jornada, da I Liga. Os azuis e brancos voltaram revigorados para o segundo tempo e dominaram por completo a partida, contando com a ajuda de Matias Lacava que foi expulso e facilitou o trabalho portista.
Francisco Conceição e Pepê foram os jogadores em destaque, sendo decisivos tanto ofensivamente como na pressão, sempre que o adversário tentava sair para o ataque. Assim, os portistas cimentam o terceiro lugar, a três pontos do Benfica e quatro do Sporting, enquanto o Vizela não sai do penúltimo lugar.
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Sérgio Conceição optou pelo mesmo onze que tem protagonizado a melhor fase da temporada, enquanto Rúben de la Barrera fez três alterações em relação ao triunfo com o Farense: Lebedenko entrou para o lugar de Matheus Pereira, Matias Lacava substitui Pedro Ortiz e Petrov formou dupla de ataque com Essende, relegando Domingos Quina para o banco.
O encontro começou quente, apesar de as claques terem ficado caladas nos primeiros cinco minutos num aparente protesto, e não demorou a ter as primeiras grandes oportunidades. Primeiro, Wendell ganhou a sobra e obrigou Buntic a defesa apertada e depois Essende cruzou rasteiro para Petrov, que não conseguiu finalizar da melhor maneira.
O frenesim inicial arrastou-se durante largos minutos, com os azuis e brancos a dominarem as operações e a manterem a bola sempre perto da baliza vizelense. No entanto, na primeira vez que abriram uma brecha na pressão, o Vizela conseguiu sair e Essende fez um cruzamento que Pepe desviou para a própria baliza, colocando a equipa em desvantagem no marcador e mergulhando o Estádio do Dragão num absoluto silêncio.
O golo sofrido empolgou os jogadores de Sérgio Conceição que ganharam cada vez mais metros, empurrando o adversário para o último terço, mas apesar das boas combinações surgirem, o último passe deixava muito a desejar.
Os minutos foram passando e o Vizela ia conseguindo resolver os problemas causados pelos azuis e brancos, embora sem grande capacidade para atacar novamente. A muralha erguida à frente de Buntic permitiu aos vizelenses manter a vantagem até ao descanso.
O arranque da segunda parte trouxe uma má notícia para Barrera: Matias Lacava derrubou Francisco Conceição junto à linha lateral, recebendo o segundo cartão amarelo que deixou os dragões em superioridade numérica.
Os efeitos da expulsão não se demoraram a fazer sentir e Francisco Conceição acordou o Dragão com um grande golo. O camisola 10 fletiu da linha para dentro e, de fora da área, desferiu um remate indefensável que enteou junto ao poste direito de Buntic. Igualdade restabelecida e o FC Porto ganhou outra energia.
A pressão ia aumentando e os azuis e brancos iam conseguindo criar sucessivas oportunidades. Numa das mais perigosas, aos 62 minutos, Wendell tirou um bom cruzamento e Evanilson cabeceou em desequilíbrio para ver a bola a esbarrar com estrondo no poste, numa altura em que o jogo se disputava em metade do campo.
O jogo estava à feição e o golo da reviravolta tardou, mas chegou: Namaso deixou Pepê na cara do golo e o brasileiro rematou rasteiro para deixar o dragão na frente do marcador e a respirar com mais tranquilidade.
Em constante fluxo de ataque o terceiro golo surgiu com naturalidade. Otávio rematou com força e Buntic fez uma defesa incompleta, que Evanilson fez questão de aproveitar para dilatar a vantagem com um tiro preciso.
O 3-1 foi uma descompressão intensa e aí o FC Porto baixou o ritmo, mas ainda chegou ao quarto golo, através de Toni Martínez. A partir desse momento, apenas tratou de desfrutar do resto da partida até ao apito final.
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