O FC Porto cumpriu a missão e derrotou o Vitória de Guimarães na segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal (3-1). A inspiração de Francisco Conceição foi determinante para dar corpo ao resultado da primeira mão, marcando lugar na final do Jamor onde os azuis e brancos vão tentar bater o Sporting.
A vantagem conquistada na primeira mão era curta e não havia margem para facilitismos. Sérgio Conceição apostou num onze muito parecido ao que triunfou em Guimarães, substituindo apenas Jorgie por João Mário, Gonçalo Borges por Francisco Conceição e o castigado Evanilson por Taremi, que voltou à titularidade.
Do lado vimaranense, Álvaro Pacheco também operou três mudanças: Charles assumiu o lugar que tem sido de Bruno Varela, Alex Freitas entrou para a posição de Ricardo Mangas e Nuno Santos substituiu no onze o lesionado João Mendes.
Veja as melhores imagens do jogo
Ainda alguns adeptos estavam a sentar-se nos lugares e o marcador já se tinha alterado antes do minuto de jogo. Após um lançamento lateral de Jota Silva, gerou-se uma confusão na área portista e Nélson Oliveira deixou Afonso Freitas à boca da baliza, que só teve de encostar para o golo que deixou a eliminatória empatada.
Os azuis e brancos assumiram, naturalmente o controlo do jogo e iam criando ocasiões de perigo, especialmente através de jogadas individuais nas alas. Perto dos 22 minutos surgiu um lance de capital importância.
Francisco Conceição tentou chegar a uma bola perto da linha final e foi abalroado por Charles. Inicialmente, Artur Soares Dias mandou seguir, mas após consultar o VAR descortinou uma grande penalidade, que Taremi converteu com classe, empatando o encontro e recolocando os dragões em vantagem.
O FC Porto não estava satisfeito com o empate e queria mais. Manteve a pressão sufocante e ia impedindo o Vitória de se aproximar da baliza de Cláudio Ramos, tendo aos 37 minutos a melhor ocasião para consumar a reviravolta: Galeno cruzou da direita e Pepe apareceu sozinha na área, mas viu o seu grande cabeceamento defendido de forma brilhante por Charles.
E quando o jogo estava a entrar num ritmo baixo, fazendo parecer que já todos esperavam o intervalo, surgiu o golo da reviravolta. Após uma bela tabela com João Mário, Francisco Conceição apareceu em boa posição e bateu o guarda-redes vitoriano com um remate rasteiro.
O Vitória de Guimarães voltou mais agressivo dos balneários e com vontade de virar o resultado. Por consequência, conseguiu dividir mais o jogo, mas denotou alguma falta de paciência na construção e a ausência de uma referência na área tornava a defesa dos lances mais fácil para os dragões.
Mas, à medida que os minutos iam passando, os vitorianos iam subindo no terreno e tendo mais bola. Isso deu espaço ao FC Porto para aproveitar saídas rápidas e podia mesmo ter ampliado a vantagem em duas ocasiões, não fosse a má definição de Galeno em ambos os lances.
Os vimaranenses dominavam as operações, mas acabaram traídos pela eficácia portista. Romário Baró ganhou uma segunda bola e serviu Pepê de bandeja que, já dentro da área, só teve de bater Charles, resolvendo praticamente a eliminatória, aos 76 minutos.
O golo representou uma facada emocional para os vitorianos, que viram a eliminatória a escapar e nunca mais conseguiram criar real perigo. O jogo foi perdendo intensidade com o passar dos minutos, mas ainda deu para a estreia de Wendel Silva pelos dragões, nesta temporada.
Comentários