O FC Porto continua de vento em popa e os resultado estão a acompanhar as belas exibições azuis brancas. Neste sábado, em pleno Estádio do Dragão, os portistas derrotaram o Rio Ave (2-0), em jogo da terceira jornada da I Liga, e deram sequência a um arranque de temporada 2024/25 a roçar a perfeição, antes do Clássico com o Sporting.

Vítor Bruno não mexeu muito na fórmula que venceu nos Açores, colocando apenas Pepê na vaga que foi de Fran Navarro, empurrando Namaso para a posição de ponta de lança para dar mais mobilidade à equipa. A estratégia para o jogo provou ser acertada, uma vez que o domínio foi total e os vilacondenses nem conseguiram rematar ao longo dos 90 minutos.

Ainda alguns adeptos estavam a voltar da ida ao bar pré-jogo e os dragões já se tinham posto na frente do marcador, com o golo mais rápido da história do Dragão, superando o recorde de Otávio que era de 23 segundos.

Numa jogada típica do pontapé de saída, Pepê apanhou a bola na ala direita e encontrou Galeno do outro lado com um fantástico cruzamento e o camisola 13 respondeu com um remate acrobático para inaugurar o marcador, aos 19 segundos de jogo.

Engane-se quem pensar que o golo abrandou a euforia do FC Porto. A equipa de Vítor Bruno continuou a vaga ofensiva e manteve a vontade de atacar, através de combinações rápidas e uma mobilidade muito fluída entre os jogadores de ataque. Numa delas, aos 16 minutos, Martim Fernandes apareceu a rematar dentro de área, valendo a atenção de Jhonatan.

O Rio Ave ainda nem tinha conseguido incomodar a baliza à guarda de Diogo Costa, tal era a avalanche ofensiva dos dragões e Nico González fez o 2-0. Galeno fez uma recuperação a meio-campo e galgou metros no relvado, soltou em Iván Jaime e o espanhol deixou a bola à mercê do compatriota que bateu o guarda-redes com um remate colocado ao canto inferior esquerdo.

O domínio portista estava a ser tão predominante que Luís Freire sentiu necessidade de dar um abanão à equipa. Aos 37 minutos operou três substituições, que até alteraram o jogo no imediato, mas foi traído pela displicência de Patrick William, que chegou tarde a um lance divido, levou o segundo amarelo e deixou a equipa a jogar com 10. Nada corria bem ao Rio Ave.

Segundo tempo na linha do primeiro

O FC Porto voltou dos balneários com a mesma fome ofensiva com que jogou na primeira parte, mas Jhonatan provou estar sempre com máxima atenção. Aos 57 minutos e após uma jogada simples que primou pela eficácia, Iván Jaime encontrou Pepê dentro da área e, num penálti em movimento, o camisola 11 chutou para grande defesa do guarda-redes vilacondense.

O jogo estava completamente controlado e Vítor Bruno entendeu que era hora de trazer algo extra para cimentar o resultado e trazer a tranquilidade final. O treinador portista tirou Martim Fernandes e Pepê, subiu Galeno para extremo e introduziu no jogo João Mário e Wendell na defesa, perto dos 70 minutos.

Pouco depois foi tempo de mais alterações, sendo que Gonçalo Borges e Grujic substituíram Iván Jaime Vasco Sousa, numa altura em que o Rio Ave tinha quebrado a impotência demonstrada ao criar a sua primeira grande oportunidade. Faltou a finalização e os rioavistas continuavam sem rematar. 

Numa sucessão de oportunidades de golo, os portistas foram a única equipa ofensiva no jogo e a única nota negativa é a falta de eficácia para as ocasiões criadas. Por outro lado, Jhonatan vestiu a pele de super-herói e fez várias defesas de elevado grau de dificuldade para impedir a goleada.

Embora não seja por falta de tentativas, o marcador não se voltou a alterar e o FC Porto deixou excelentes indicadores nesta partida, provando que o arranque 100% vitorioso não foi fruto do acaso. Os dragões deixam também um aviso ao Sporting, adversário na próxima jornada, que não poderá facilitar um milímetro se quiser a "vingança" do desaire na Supertaça.

Veja o resumo do FC Porto-Rio Ave: