No dia em que recebe a taça de campeão nacional, o FC Porto goleou o Moreirense por 6-1, em jogo da 33.ª e penúltima jornada da I Liga, que marcou a despedida nesta época do estádio do Dragão.

Os 'azuis e brancos' adiantaram-se cedo no marcador, através de Luis Díaz, aos quatro minutos, mas o Moreirense ainda reagiu e igualou aos 20', por Fábio Abreu, tendo as duas eqiupas chegado igualadas ao intervalo. A goleada portista ganhou força no arranque da segunda metade, com os golos de Otávio (51'), Alex Telles (56'), de grande penalidade, e Marega (61)', tendo Soares, aos 78' e 87', anotado os dois últimos golos da partida.

Com esta vitória, o FC Porto reforça ainda mais a liderança do campeonato, chegando aos 82 pontos, mais 11 do que o Benfica, que na terça-feira joga em casa do já despromovido Aves, enquanto o Moreirense mantém o oitavo posto, com 43 pontos.

Sérgio Conceição operou três mudanças no onze portista, relativamente à equipa que bateu o Sporting (2-0) no jogo que garantiu o título: Diogo Costa entrou para o lugar de Marchesín na baliza, a alteração de maior vulto; Diogo Leite rendeu Pepe (castigado) no centro da defesa e Corona regressou após cumprir castigo, relegando Loum para o banco de suplentes.

Do lado do Moreirense, Ricardo Soares fez uma autêntica revolução no onze, com apenas dois homens (João Aurélio e Halliche) a repetirem a titularidade da partida frente ao Paços de Ferreira.

Não foi preciso esperar muito para se festejar no Dragão, com o FC Porto a fazer o golo mais rápido da presente temporada. Aos quatro minutos, Alex Telles cruzou para o coração da área onde estava Luis Díaz, sem oposição, que cabeceou para o fundo das redes.

Os campeões podiam ter feito o 2-0 aos 13', com Jesús Corona a testar Pasinato depois de uma bela jogada individual de Luis Díaz. Mas foi o Moreirense quem chegou ao empate. Depois de um primeiro aviso de Pedro Nuno, Conté tirou um grande cruzamento na esquerda ,Fábio Abreu (20') fugiu a Diogo Leite e cabeceou colocado para o 1-1.

Mais atrevido nesta fase do jogo, o conjunto minhoto voltou a assustar os 'dragões' pouco tempo depois, com Luther Singh a aproveitar um corte incompleto de Fábio Vieira e a rematar à entrada da área para defesa apertada de Diogo Costa. Do outro lado, Marega colocou Pasinato em sentido aos 24' e depois foi a vez de Corona (28') a falhar o alvo por escassos centímetros.

O FC Porto estava a ceder demasiados espaços na direita e Sérgio Conceição não quis esperar pelo intervalo: tirou Fábio Vieira da partida e lançou Matheus Uribe, que se juntou a Danilo no centro do terreno, dando mais mobilidade a Otávio (Corona caiu para a direita). Com efeito, o brasileiro esteve no último lance de perigo antes do intervalo ao picar a bola para a área, com Marega a ganhar posição mas a rematar por cima da baliza de Pasinato.

Tal como aconteceu na primeira parte, o FC Porto entrou em campo com o objetivo de marcar cedo e foi assim que aos 51' Corona lançou a velocidade de Marega, o maliano cruzou rasteiro para a área e Otávio, numa jogada de insistência, devolveu a vantagem aos 'azuis e brancos'.

O Moreirense nem teve tempo para digerir o golo sofrido. Apenas três minutos depois, Luis Díaz fintou Mateus Pasinato e caiu na área, com Carlos Xistra (último jogo da carreira do árbitro de Castelo Branco) a assinalar grande penalidade. Chamado à conversão, Alex Telles não vacilou e os 'dragões' passaram a dispor de uma vantagem mais confortável.

E Marega, que até então não parecia estar numa noite particularmente inspirada, surpreendeu tudo e todos com um golaço de livre direto (61'), muito bem marcado, com a bola a entrar junto ao ângulo da baliza dos cónegos.

Até ao apito final ainda houve tempo para Sérgio Conceição lançar Mouhamed Mbaye para a baliza - estreia pela equipa principal - e Tiquinho Soares, que havia rendido Marega, fazer o gosto ao pé mais do que uma vez. O primeiro golo do brasileiro (78') nasce de uma grande jogada coletiva da equipa portista, com Luis Díaz a meter de calcanhar para Otávio, e este a servir Tiquinho, que só teve de encostar para o fundo da baliza deserta. Aos 88', uma nova combinação entre os mesmos protagonistas terminou com o 'bis' de Soares.

Em noite de consagração, melhor era impossível.