O Feirense anunciou esta segunda-feira a saída do técnico Nuno Manta Santos, treinador que comanda a equipa principal dos 'Fogaceiros'. Nuno Manta Santos era o treinador no ativo com mais jogos consecutivos na I Liga (72).
Esta é a nona mudança de treinador na Primeira Liga esta época, quando faltam 14 jornadas para o final do campeonato. Ou seja, metade das equipas já mudaram de treinador.
Antes, Jorge Simão tinha deixado o cargo de treinador do Boavista, na sequência da derrota da equipa em casa frente ao Portimonense, para a 18.ª jornada da I Liga. Foi o primeiro treinador despedido na segunda volta, a que se seguiu Lito Vidigal. O luso-angolano deixou o cargo que ocupava no Vitóra de Setúbal para ir ocupar o posto de Jorge Simão no Bessa.
Lito saiu, após acordo com a direção setubalense, depois de uma série de nove jogos oficiais sem vencer, sete no campeonato, com a equipa no 13.º lugar, com 19 pontos, ao fim de 24 jogos em todas as competições e apenas sete vitórias, cinco na Liga. Sandro Mendes, que era diretor desportivo dos sadinos, assumiu o comando técnico de forma provisória, tendo empatado com o Sporting e o Nacional, no Bonfim e na Choupana, em dois jogos do Campeonato.
Nuno Manta Santos, Jorge Simão e Lito Vidigal são os primeiros técnicos a deixar emblemas do principal campeonato português na segunda volta, depois de seis 'chicotadas' na primeira metade da prova, entre elas no Sporting, que substituiu José Peseiro pelo holandês Marcel Keizer, e no Benfica, que dispensou Rui Vitória e nomeou Bruno Lage técnico interino, antes de reafirmar a decisão de forma definitiva.
O líder e campeão FC Porto é o único dos 'grandes' que permanece com o mesmo treinador, Sérgio Conceição, que iniciou uma época em que o Sporting foi mesmo o clube que protagonizou a primeira 'chicotada psicológica', após a oitava jornada, com a saída de Peseiro, com os 'leões' no quinto lugar.
Seguiu-se, interinamente, Tiago Fernandes, que viria a conseguir dois triunfos por 2-1, no recinto do Santa Clara e na receção ao Desportivo de Chaves, equipa que passaria a orientar à 13.ª ronda, sucedendo a Daniel Ramos, já depois de ter entregado o comando da equipa ‘leonina’ a Keizer.
Anteriormente, Cláudio Braga tinha protagonizado a segunda 'chicotada', ao deixar o Marítimo no 12.º posto, após uma série 'negra' de 10 jogos sem vencer nas várias competições, entre as quais a derrota por 3-0 no terreno do Feirense, que ditou a eliminação da Taça de Portugal.
Petit voltou a ser o ‘bombeiro’ de serviço, mas a vitória para os madeirenses só chegou à sétima tentativa, na 16.ª ronda, na receção ao Portimonense (2-1), num encontro em que o antigo médio esteve ausente do banco, devido à morte do pai, sendo que os insulares seguem no 11.º posto.
O Desportivo de Chaves 'aguentou' Daniel Ramos até à 12.ª jornada, quando seguia no 18.º e último lugar, apenas com duas vitórias e um empate, na receção ao Benfica (2-2). Com Tiago Fernandes, o registo não melhorou e os transmontanos continuam a carregar a lanterna-vermelha.
O Rio Ave contratou o 'chicoteado' Daniel Ramos para suceder a José Gomes, que rumou aos ingleses do Reading, e, sob o comando do técnico natural de Vila do Conde, ainda não voltou a ganhar.
Rui Vitória levou os 'encarnados' à conquista dos títulos de campeão nas épocas 2015/16 e 2016/17, mas a derrota por 2-0 no terreno do Portimonense, na 15.ª jornada, levou à saída do clube lisboeta.
Bruno Lage, que orientava a equipa B, estreou-se como técnico provisório com uma vitória por 4-2 na receção ao Rio Ave, num encontro em que esteve a perder por 2-0, tendo passado a treinador definitivo após vencer os quatro jogos até ao momento para o campeonato, apesar do desaire nas meias-finais da Taça da Liga com o FC Porto (3-1).
O mesmo processo aconteceu no detentor da Taça de Portugal, o Desportivo das Aves, precisamente pela eliminação nos quartos de final frente ao Sporting de Braga (2-1), com a saída de José Mota a acontecer depois de uma série de jogos sem ganhar, que se estende até 19 de dezembro de 2018.
Para o seu lugar foi contratado Augusto Inácio, que teve um impacto imediato: na primeira jornada ao comando da nova equipa, venceu por 2-1 em casa o Vitória de Setúbal que deu a subida ao 16.º lugar, ainda assim em zona de despromoção.
Nuno Manta Santos era o treinador no ativo com mais jogos consecutivos na I Liga (72).
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