O Nacional da Madeira venceu o FC Porto por 2-1, em jogo da 25.ª jornada da I Liga. Candeias e Rondón marcaram para os madeirenses, Jackson fez o golo dos Dragões. Quaresma falhou uma grande penalidade que daria o empate no final do jogo envolveu-se com Marçal.
O FC Porto entrou em campo já a saber das vitórias do Benfica e do Sporting nesta ronda. Luís Castro, que deu a titularidade a Licá na frente, estava longe de imaginar que a equipa fosse capaz de realizar uma primeira parte tão medíocre como a que fez na Choupana.
Os extremos, Licá e Quaresma, não conseguiam superiorizar-se frente aos laterais contrários, a defesa, principalmente Abdoulaye, perdia bolas com facilidade e dava muito espaço aos avançados nacionalistas. O meio-campo, preso, não criava para os avançados, não aparecia em zonas de finalização e perdia bolas, algumas de forma caricata.
Num dos poucos rasgos de algum futebol ofensivo na 1.ª parte, Defour isolou Jackson aos 27 minutos mas o avançado mostrou que continua "divorciado" das balizas adversárias: recebeu, entrou na área e rematou contra as pernas de Gottardi.
Antes, o Nacional já estava em vantagem e a jogar nas suas "sete quintas". Aos 19 minutos, Rondón foi lançado na direita, centrou para a área onde apareceu Candeias a receber, dominar e rematar para o fundo da baliza. A bola ainda desviou em Reyes, traindo assim Fabiano. O extremo formado no FC Porto não festejou por respeito a antiga equipa.
O Nacional, que recuperava bolas com uma facilidade incrível, fruto do desacerto do FC Porto, recuou as suas linhas e passou a jogar em contra-ataque. Espaço não lhe faltava, dado o mau posicionamento defensivo dos azuis-e-brancos.
Ghazal teve o 2-0 nos pés mas falhou a bola, aos 22 minutos. Fabiano saiu aos pés de Djaniny e evitou males maiores aos 35. O mesmo Djaniny falhou duas oportunidades nos minutos 4-1 e 45 , com Fabiano e a falta de pontaria do cabo-verdiano a evitarem o segundo.
Perante tanta passividade e falta de criatividade, Luís Castro lançou Ghilas e Quintero para os lugares dos apagados Licá e Defour (Herrera esteve pior que o belga na 1.ª parte).
E viu-se logo o "dedo" do treinador ainda no primeiro minuto do segundo tempo. Quintero lançou Ghilas que cruzou para Jackson receber, rodar e rematar para o empate, fazendo o seu 16,º golo no campeonato.
O que parecia o início da recuperação dos Dragões foi "abafado" no minuto seguinte. Em nova desatenção da defensiva azul-e-branca, Gomaa lançou Candeias nas costas de Danilo. O ex-portista correu, colocou na área onde Rondón só teve de encostar. Abdoulaye e Reyes não "moravam" por aí. Foi o nono golo do venezuelano na prova, ele que está a um de igualar a sua melhor marca em Portugal.
Num segundo tempo que estava a ser bastante animado, os Dragões tiveram nova soberana oportunidade para empatar, numa grande penalidade ganha por Quaresma a Ghazal. O Mustang assumiu a responsabilidade mas o poste negou-lhe o golo, isto aos 58 minutos. Foi o segundo penálti falhado por Quaresma, ele que já tinha desperdiçado um frente ao Arouca.
Mesmo com pouca cabeça e muito coração, e já com Carlos Eduardo em campo no lugar de Abdoulaye, Os Dragões chegaram a colocar a bola dentro da baliza aos 77 minutos mas João Capela anulou a jogada. O árbitro entendeu que o avançado apoiou-se num defensor para chegar a bola.
Até ao final o FC Porto tentou a todo o custo chegar ao empate mas não conseguiu marcar. Jackson até teve nova chance mas o seu desvio saiu por cima após passe de Danilo.
Esta foi a sexta derrota do FC Porto na I Liga esta temporada, a quinta fora de portas. A equipa de Luís Castro está a 15 pontos do Benfica e a oito do Sporting.
Após o apito final, Quaresma envolveu-se com Marçal, gerou-se imensa confusão, com o jogador do FC Porto completamente de cabeça perdida.
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