Carlos Vieira diz "lamentar que não se tenham conseguido concretizar os acordos que permitiriam uma reestruturação" financeira efetiva do Sporting.

Num artigo publicado no 'Link to Leaders', o ex-vice presidente para a área financeira dos 'leões', durante a presidência de Bruno de Carvalho, escreveu que a reestruturação que já estava agendada iria permitir "comprar os créditos detidos pelo BCP e Novo Banco sobre a SAD e o clube (cerca de € 150 M de empréstimos e € 135 M de VMOC) por valor, no máximo, de €150 M; a SAD e o clube ficariam a dever os seus créditos à SGPS, pois um haircut direto dos bancos aquelas originaria muito possivelmente IRC a pagar".

"Como a SGPS deve ao clube cerca de €70 M, acertavam-se as contas e o clube ficava sem dívida bancária e arrumadinha, beneficiando os seus mais de 170 mil sócios; a SGPS ficaria com € 135 M de VMOC adquiridas a baixo valor que, se interessasse ao Sporting, poderia transformar em ações ou vender com ganhos a parceiros a sério; todas as restantes garantias prestadas aos bancos ficariam libertas", continuou.

No mesmo artigo, Carlos Vieira questiona as opções da direção liderada por Frederico Varandas e as decisões de Salgado Zenha, responsável pela área financeira do Sporting.

"Sendo que quem gere agora estes processos é um homem da banca (e que a ela necessariamente regressará), porque não manteve os contratos com quem negociava agressivamente, à abutre (mas do lado certo da barricada)? Porque será que rescindiram esses contratos? (...) Desta vez não será certamente do Guaraná", criticou.