O Estádio da Luz, em Lisboa, é o primeiro recinto desportivo português a ser equipado com rede 5G, numa parceria anunciada hoje entre o Benfica e o grupo de comunicações NOS, que se colocam “na vanguarda da tecnologia”.

Com o reforço da parceria tecnológica entre as duas entidades, a cobertura do estádio com a quinta geração de comunicações móveis vai permitir um aumento da capacidade de rede, maior velocidade e novas experiências, para usufruto não só dos adeptos nas bancadas, mas também dos próprios jogadores e equipas técnicas.

"O 5G, a nova revolução tecnológica, vai permitir aos mais de 65 mil adeptos que o Estádio do Sport Lisboa e Benfica comporta, uma experiência de acesso à internet móvel em média 10 vezes mais rápida, com velocidades superiores a 1 Gbps. Isto significa downloads e uploads de fotografias ou vídeos de forma quase instantânea, ou videochamadas sem qualquer interrupção, com o estádio na sua máxima capacidade", pode ler-se em comunicado.

O objetivo é "transformar radicalmente a experiência de quem assiste aos jogos do Benfica, através do acesso a conteúdos de forma totalmente imersiva, graças à combinação do 5G com tecnologias como realidade virtual ou aumentada". Além disso, os adeptos vão ter ainda acesso a "a estatísticas do jogo ou dos jogadores em tempo real, possibilidade de escolher o ângulo a partir do qual se quer ver o jogo, ativando em tempo real uma das muitas câmaras que estão a ser utilizadas na emissão, ou possibilidade de fazer streaming de vídeo em direto".

Numa apresentação que decorreu junto ao relvado do recinto, Rui Costa manifestou o orgulho dos ‘encarnados’ em terem “o primeiro estádio com cobertura 5G em Portugal”, lembrando que “o Benfica é um clube em que a inovação está no centro da sua estratégia”.

“Para o rendimento do Benfica, ter rede 5G traz várias vantagens, entre as quais uma comunicação eficiente entre equipas técnicas, o real acompanhamento dos jogadores a nível físico ou desenvolver análises táticas em tempo real. É um momento que nos enche de orgulho”, afirmou.

O ex-futebolista, que agora pertence aos quadros diretivos do clube lisboeta, referiu que “foi uma oportunidade que surgiu com a NOS”, tendo sido “muito fácil o entendimento”, dando “mais uma oportunidade para que os adeptos vivam o jogo de forma ainda mais apaixonante”.

O administrador executivo da NOS, Manuel Ramalho Eanes, congratulou-se pela “marca de inovação”, que é “transformar o estádio numa área digital inteligente”, o que terá “muito impacto no entretenimento” e “vai permitir viver o futebol de maneira nova e melhor, acrescentando velocidade, latência e qualidade”.

“Só podia ter sido feito entre o Benfica e a NOS. Somos parceiros há sete anos. É uma relação longa, muito produtiva e que se pauta pelos mesmos valores de inovação, que nos colocam à frente na transição digital. A NOS tem como propósito liderar o 5G em Portugal e acredita que o pode fazer, está aqui dado um exemplo”, realçou.

O aumento da velocidade da Internet, com velocidades superiores a um ‘gigabit’ por segundo, permitirá descarregar ou enviar fotografias ou vídeos de forma quase instantânea, bem como videochamadas sem interrupções, mesmo com o estádio lotado de espetadores [capacidade para cerca de 65.000 adeptos].

Além disso, será possível processar um volume maior de dados no interior do recinto, devido ao aumento da capacidade da rede, sendo expectável, de acordo com a operadora, duplicar ou até mesmo triplicar, dependendo da adesão, a média de volume de dados que, antes da pandemia de covid-19, se cifrava em um ‘terabyte’ por jogo.

A realidade virtual ou aumentada inclui-se no lote de “experiências imersivas” que o Benfica e a NOS pretendem implementar, através das quais, além das estatísticas dos jogadores, também os utilizadores poderão escolher o ângulo a partir de onde queiram assistir ao jogo ou efetuar uma transmissão em direto, em alta qualidade e definição.

A cobertura da rede 5G é efetuada através de um sistema de antenas colocadas nas quatro palas do estádio, o que permite chegar a qualquer zona das bancadas, bem como um sistema de células colocadas em zonas estratégicas, como o centro de imprensa, o camarote presidencial ou o camarote da NOS, num projeto desenvolvido nos últimos seis meses.

*Artigo atualizado