O FC Porto reagiu, esta quarta-feira, à eliminação da Taça da Liga frente ao Moreirense com duras críticas à atuação do árbitro Luís Godinho através da publicação 'Dragões Diário' onde o emblema portista tece duras críticas ao Conselho de Arbitragem e ao estado atual do futebol português.
Os Dragões queixam-se de três momentos, sendo eles:
- Aos 37 minutos, André André caiu na área do Moreirense e ficou a reclamar grande penalidade. O árbitro Luís Godinho mandou jogar. Decisão acertada
- Já perto do intervalo, o FC Porto voltou a queixar-se de novo lance polémico na área do Moreirense, novamente com André André a ser agarrado e outra vez o juiz a mandar seguir. Na nossa opinião, ficou uma grande penalidade por assinalar
- Aos 79 minutos, o árbitro recuou e, sem ver, chocou contra Danilo. A seguir, o juiz Luís Godinho mostrou o segundo cartão amarelo ao internacional português. Contudo, antes do encontrão, vê-se que o médio portista está a dirigir algumas palavras. Ao ver que o árbitro vai mostrar penalização, Danilo encosta a cabeça no peito de Luís Godinho enquanto continua a protestar. Recorde-se que Danilo protestava por um atraso ao guarda-redes do Moreirense. A análise ao lance mais comentado do jogo dependerá do facto de Danilo ter ou não proferido algumas palavras menos amigáveis ao árbitro antes de este ter esbarrado contra o jogador.
Isto leva-nos a recuar no tempo, até à terceira jornada, altura em que as Dragões se queixaram pela primeira vez das arbitragens esta temporada. Em causa estavam os dois golos do Sporting em Alvalade que, segundo, os portistas foram marcados com as mãos, de Gelson e Bryan Ruiz.
Duas jornadas depois, o FC Porto voltou a queixar-se das arbitragens, desta vez contra duas grandes penalidades em Tondela, à quinta jornada (0-0).
Também na Taça de Portugal, em Chaves, os homens comandados por Nuno Espírito Santo foram eliminados, mas no dia seguinte as críticas à arbitragem fizeram-se ouvir em todos os meios de comunicação. Os lances de Diogo Jota, Evandro e André Silva deixaram os da Invicta à beira de um ataque de nervos.
Na ronda (15º) antecipada e acordada entre FC Porto e o Marítimo, mas não houve entendimento quanto à arbitragem. Os Dragões criticaram duramente uma grande penalidade não assinalada num lance em que Maxi, já na área, foi derrubado por Erdem Sen. O árbitro mandou seguir, mas ficou a ideia de ter ficado uma grande penalidade por assinalar. Os azuis e brancos venceram os insulares por 2-1.
Quatro dias depois, o jogo entre o FC Porto e o Desportivo de Chaves (14º) despontou a fúria do presidente Pinto da Costa, que elencou um golo mal anulado aos Dragões e um penálti não assinalado por falta sobre Maxi, a “dois ou três metros” do árbitro Vasco Santos, pedindo “medidas drásticas do Conselho de Arbitragem”.
A esta altura, o líder portista estava revoltado com as arbitragens dos jogos do FC Porto desta época e criticou as nomeações do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol.
O presidente do FC Porto queixava-se de 12 grandes penalidades que ficaram por marcar esta época, tendo sido irónico quando questionado sobre o que seria necessário para que os árbitros apitassem uma grande penalidade a favor dos portistas.
"Penáltis para o FC Porto? Só se partirem a perna a alguém. O Conselho de Arbitragem deve achar que está bem, porque os árbitros continuam a apitar como se nada fosse", frisou Pinto da Costa.
O ano de 2016 não acabaria sem outra arbitragem polémica, desta vez para a Taça da Liga. No empate a um golo com o Feirense, os Dragões reclamaram outra grande penalidade não assinalada, desta vez, após empurrão de Herrera na grande área.
O ano 2017 começou com um ‘basta’ por parte dos Dragões. Após o jogo de passada terça-feira, em Moreira de Cónegos, o FC Porto quer colocar um ponto final nesta "vergonha".
"O FC Porto vai lutar todos os dias e os dias todos que forem preciso para acabar com estas situações. Esse é o compromisso que manteremos sempre com os sócios e adeptos. E ficamos à espera de esclarecimentos públicos das autoridades da arbitragem sobre esta pouca vergonha. Que explicação têm para que em quase todos os jogos fiquem penáltis por marcar a favor do FC Porto? Que motivo pode levar um árbitro a expulsar um jogador depois de o atropelar? O que acham que deve acontecer a um árbitro que tem este género de comportamento? A elevadíssima, para não dizer inaceitável, percentagem de erros em prejuízo do FC Porto explica-se como? E o presidente da APAF mantém que a culpa é dos dirigentes? Se sim, pode nomear o dirigente responsável por um jogador ser expulso por um árbitro lhe dar um encontrão? Finalmente, acham que a verdade das competições está salvaguardada?", sentenciaram os Dragões.
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